Discussões teórico-críticas sobre representação das margens em contos latino-americanos contemporâneos
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.3.169-188Palavras-chave:
literatura latino-americana, representação marginal, novo realismo, choque do real, beloResumo
A maneira como um grupo marginal é representado na literatura revela a visão que se tem dele. Em tempos em que se acirram a intolerância e o preconceito a minorias sociais, a literatura latino-americana contemporânea se reafirma como denúncia social, propondo um olhar mais sensível e altruísta sobre estes grupos. Assim, é fundamental que a construção narrativa sobre o outro suscite empatia e não desprezo. Nesse sentido, a crítica e a teoria literárias no tempo presente, no que se refere à representatividade de indivíduos à margem, observarão como uma narrativa reforça ou desconstrói estereótipos. Este artigo apresenta algumas dessas teorias e críticas mais recentes – como o choque do real, o novo realismo e o belo de Flusser – e, a partir delas, analisa quatro contos latino-americanos contemporâneos: “La zona”, de Laura Santullo; “El carrito”, de Mariana Enriquez; “Fábrica de fazer vilão”, de Ferréz; e “Vestido Longo”, de Marcelino Freire.
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Referências
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