Uma alavanca em direção ao fim do mundo: H. G. Wells e sua máquina do tempo
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.4.49-64Palavras-chave:
H. G. Wells, A máquina do tempo, ficção científica, literatura inglesaResumo
A máquina do tempo, primeiro romance do escritor inglês H. G. Wells, foi, desde seu lançamento em 1895, um importante sucesso editorial, além de ter se tornado uma das mais representativas obras precursoras da moderna ficção científica. Uma de suas características essenciais é a proposta de uma viagem temporal proporcionada pela ação humana, com base no conhecimento de sua época. Ao dialogar com as premissas científicas em voga Wells criou não apenas uma máquina, mas também um conjunto de possibilidades acerca da relação humana com o tempo, concebido não mais aprioristicamente como um dado natural, mas conjecturado como um elemento possível de ser apreendido e moldado pela ação humana. Neste artigo, proponho analisar a máquina de viajar no tempo como uma criação wellsiana e discutir tanto as bases materiais e científicas que a acompanharam, bem como uma concepção histórico-filosófica acerca do tempo enquanto experiência humana concreta.
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