Uma alavanca em direção ao fim do mundo: H. G. Wells e sua máquina do tempo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.4.49-64

Palavras-chave:

H. G. Wells, A máquina do tempo, ficção científica, literatura inglesa

Resumo

A máquina do tempo, primeiro romance do escritor inglês H. G. Wells, foi, desde seu lançamento em 1895, um importante sucesso editorial, além de ter se tornado uma das mais representativas obras precursoras da moderna ficção científica. Uma de suas características essenciais é a proposta de uma viagem temporal proporcionada pela ação humana, com base no conhecimento de sua época. Ao dialogar com as premissas científicas em voga Wells criou não apenas uma máquina, mas também um conjunto de possibilidades acerca da relação humana com o tempo, concebido não mais aprioristicamente como um dado natural, mas conjecturado como um elemento possível de ser apreendido e moldado pela ação humana. Neste artigo, proponho analisar a máquina de viajar no tempo como uma criação wellsiana e discutir tanto as bases materiais e científicas que a acompanharam, bem como uma concepção histórico-filosófica acerca do tempo enquanto experiência humana concreta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabio Luciano Iachtechen, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutor em História. Universidade Federal do Paraná. Pós-doutorando em História. Universidade Estadual de Londrina.

Referências

BECKER, Carl. Mr. Wells and the New History. The American Historical Review, Oxford, v. 26, n. 4, p. 641 - 656, July, 1921. DOI: https://doi.org/10.2307/1836730.
BERGONZI, Bernard. The Early H. G. Wells: A Study of the Scientific Romances. Manchester: Manchester University Press, 1961. DOI: https://doi.org/10.3138/9781442656864.
BERGONZI, Bernard. The Publication of The Time Machine, 1894 -1895. Review of the English Studies, Oxford, v. 11, n. 41, p. 42-51, 11960. DOI: https://doi.org/10.1093/res/XI.41.42.
CANALES, Jimena. Einstein, Bergson, and the Experiment that Failed: Intellectual Cooperation at the League of Nations. Modern Language Notes, Cambridge, v. 120, n. 5, p. 1168-1191, Dec. 2005. DOI: https://doi.org/10.1353/mln.2006.0005.
HAMMOND, John. The Time Machine as a First Novel: Myth and Allegory in Wells’s Romance. In: PARRINDER, Patrick. H. G. Wells Perennial Time Machine. Selected Essays from the Centenary Conference “Time Machine: Past, Present and Future”. London: Imperial College, 1995. p. 3-11.
JAMES, William. The Principles of Psychology. New York: Henry Holt, 1910. v. 1.
MANLOVE, Colin. Charles Kingsley, H. G. Wells and the Machine in Victorian Fiction. Nineteenth-Century Literature, Oakland, CA, v. 48, n. 2, p. 212-239, Sept.1993. DOI: https://doi.org/10.2307/2933891.
NAHIN, Paul J. Time Machines: Time Travel in Physics, Metaphysics and Science Fiction. New York: Springer-Verlag, 1999.
PARRINDER, Patrick. Possibilities of Space and Time. In: ______. Shadows of the Future: H. G. Wells, Science Fiction and Prophecy. New York: Syracuse University Press, 1995, p. 30-48.
PHILMUS, Robert; HUGUES, John. H. G. Wells: Early Writings in Science and Science Fiction. Berkeley: University of California Press, 1975.
SOUZA, Ricardo Timm de. O tempo e a máquina do tempo: estudos de filosofia e pós-modernidade. Porto Alegra: EDIPUCRS, 1998.
SPENGLER, Oswald. A decadência do ocidente: esboços por uma morfologia da história universal. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1964.
STOVER, Leon. The Time Machine, An Invention: A Critical Text of the 1895 London First Edition. London: McFarland, 1983.

Downloads

Publicado

2019-12-19

Como Citar

Iachtechen, F. L. (2019). Uma alavanca em direção ao fim do mundo: H. G. Wells e sua máquina do tempo. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 29(4), 49–64. https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.4.49-64

Edição

Seção

Dossiê – Criadores e Criaturas na Literatura