Entrevista com os netos de Júlia Lopes de Almeida

Claudio e Fernanda Lopes de Almeida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-2096.2020.24495

Palavras-chave:

Júlia Lopes de Almeida, literatura brasileira, Belle époque

Resumo

Nesta entrevista, estruturada em duas partes, os netos da escritora Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), os irmãos Claudio e Fernanda Lopes de Almeida, rememoram passagens biográficas pouco conhecidas a respeito não apenas da avó, mas da família Almeida, conduzindo-nos por lugares da memória carregados de afeto. Reconstroem, por exemplo, os percursos do arquivo pessoal da escritora, destacam seu gosto pelos “jardins floridos”, atentam para a intensidade de seu vínculo com o casarão de Santa Teresa, local que ainda hoje guarda em seus alicerces um tesouro familiar, ressaltam o pioneirismo e arrojo da avó, opinam sobre seu não ingresso na Academia Brasileira de Letras e partilham do desejo de verem criada uma Casa de Cultura Júlia Lopes de Almeida, quiçá no antigo casarão de Santa Teresa, por meio da qual seria possível dar “nova visibilidade”, nas palavras de Fernanda, ao seu vasto e inesgotável legado.

Biografia do Autor

  • Anna Faedrich, Universidade Federal Fluminente (UFF), Niterói, Rio de Janeiro / Brasil

    Anna Faedrich é docente na Universidade Federal Fluminense (UFF). Licenciada em Letras e especialista em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 2006), obteve seus títulos de mestre e de doutor em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS, 2010 e 2014). Sua experiência profissional abrange o ensino Médio (CAp-UERJ) e Superior (UERJ, UFRRJ, UNIRIO e UFF). Coordena o projeto de pesquisa "Literatura de autoria feminina na belle époque brasileira: memória, esquecimento e repertórios de exclusão". Organizou, em parceria com a Fundação Biblioteca Nacional, as reedições do romance Exaltação (1916), de Albertina Bertha; do livro de poesia Nebulosas (1872), de Narcisa Amália; e da coletânea de crônicas Dois dedos de prosa: o cotidiano carioca por Júlia Lopes de Almeida. Tem pesquisa sobre escritoras brasileiras oitocentistas e sobre o conceito teórico de autoficção, com foco na literatura brasileira contemporânea. 

  • Michele Asmar Fanini, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo / Brasil

    Michele Asmar Fanini é doutora em Sociologia pela USP. Realizou estágio pós-doutoral no Instituto de Estudos Brasileiros da USP, com pesquisa subvencionada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da qual resultou o livro A (in)visibilidade de um legado: seleta de textos dramatúrgicos inéditos de Júlia Lopes de Almeida (FAPESP/Intermeios). Possui experiência nas áreas de Sociologia da Cultura, da Literatura e do Gênero, atuando principalmente nos seguintes temas: campo artístico/literário; produção artística/literária e gênero; arquivos pessoais; manuscritos artísticos/literários inéditos; as especificidades do texto teatral; teatro brasileiro oitocentista: dramaturgia de autoria feminina.

Referências

ALMEIDA, Júlia Lopes de. A falência. Rio de Janeiro: Editora Oficina das Obras d’A Tribuna, 1901.

ALMEIDA, Júlia Lopes de. Ânsia eterna. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 1903.

ALMEIDA, Júlia Lopes de. Cruel amor. Rio de Janeiro: Francisco Alves Aillaud, 1911.

ALMEIDA, Júlia Lopes de; ALMEIDA, Filinto de. A casa verde. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1932.

RIO, João do. Um lar de artistas. In: ______. O momento literário. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Dep. Nacional do Livro, 1994 [1908?]. p. 28-37. (Coleção Raul Pompeia, v. 1).

Downloads

Publicado

2020-12-22

Como Citar

Entrevista com os netos de Júlia Lopes de Almeida: Claudio e Fernanda Lopes de Almeida. (2020). Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 30(4), 315-328. https://doi.org/10.35699/2317-2096.2020.24495