Luiz de Miranda
uma lírica de resistência
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2022.35371Palavras-chave:
Luiz de Miranda., Solidão Provisória., Derrida., Resistência.Resumo
O artigo tem o objetivo de analisar o livro Solidão provisória, do poeta brasileiro Luiz de Miranda, a partir de sua filiação com o contexto de produção, década de 1970, e também mostrar de que maneira a poética elaborada pelo autor conseguiu construir uma estratégia de resistência que aproximaria o livro, em alguns momentos, ao pensamento do filósofo argelino Jacques Derrida. Tal aproximação se deve principalmente ao acolhimento da realidade dentro do discurso literário, possibilitando uma dinâmica que conecta a produção à noção de “hospitalidade incondicional”, proposta por Derrida. Tudo isso associado ao trabalho com a linguagem, que insere o autor entre a categoria dos poetas mediadores, conciliando o engajamento social com o teor estético.
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