Na mesa gordurenta das orgias
Alberto de Oliveira, poeta realista?
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2022.35455Palavras-chave:
Alberto de Oliveira, Realismo, Romantismo, Parnasianismo, História literáriaResumo
: Este artigo possui dois objetivos. Primeiro, queremos dar a conhecer um conjunto pequeno, mas importante, ainda inédito em livro, de poemas publicados por Alberto de Oliveira em alguns jornais com os quais colaborou entre 1877 e 1878 (O mequetrefe, Comédia popular, Diário do Rio de Janeiro), pouco antes que suas Canções românticas (1878) viessem a lume. Esses poemas revelam uma face não muito conhecida do poeta, ainda muito pouco estudada, e que não se reduz nem à do romântico tardio, nem à do parnasiano impassível. Em segundo lugar, queremos mostrar como esse conjunto de poemas pode nos ajudar a compreender o ambiente multifacetado em que o jovem Alberto de Oliveira iniciou sua carreira e fornecer evidências de que transitava entre as antagônicas fileiras da nova e da velha musa.
Downloads
Referências
AMARAL, Glória Carneiro do. Aclimatando Baudelaire. São Paulo: ANNABLUME, 1996.
ATTA-TROLL. O caixeiro. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n. 140, p. 1, 27 ago. 1878a. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=094170_02&pasta=ano%20187&hf=memoria.bn.br&pagfis=37644. Acesso em: 05 jan. 2022.
ATTA-TROLL. Rosa. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n. 150, p. 1, 6 set. 1878b. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=094170_02&pasta=ano%20187&hf=memoria.bn.br&pagfis=37684. Acesso em: 05 jan. 2022.
BAUDELAIRE, Charles. Les fleurs du mal. Paris: Poulet-Malassis et De Broise, 1857.
BIBLIOTECA Digital de Literatura de Países Lusófonos. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2021. Disponível em: https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/. Acesso em: 05 jan. 2022.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1986.
CANDIDO, Antonio. A educação pela noite. São Paulo: Editora Ática, 1989.
CARVALHO, Maria Amália Vaz de. Cousas de Casa. Jornal do Comércio, [s. l.], n. 125, p. 1, 5 mai. 1878.
CORREIA, Raimundo. Poesias. Lisboa: Livraria de António Maria Pereira Editor, 1898.
FONSECA, Demerval. Modelo da escola realista. O besouro, [s. l.], n. 11, p. 9, 15 jun. 1878.
FRANCHETTI, Paulo. O Primo Basílio e a batalha do Realismo no Brasil. Paulo Franchetti Blog. [S. l.], 12 jun. 2013. Disponível em: http://paulofranchetti.blogspot.com/2013/06/o-primo-basilio-e-batalha-do-Realismo.html. Acesso em: 05 jan. 2022.
GARRETT, Almeida. Folhas caídas. Lisboa: Casa da viúva Bertrand e Filhos, 1853.
JUNQUEIRO, Guerra. A morte de D. João. Porto: Livraria Moré, 1874.
LÍRIO BRANCO. Musa romântica. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n. 44, p. 3, 22 mai. 1878.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. A nova geração. In: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. III. Disponível em: https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=8247. Acesso em: 05 jan. 2022.
MAGALHÃES, Valentim. A literatura brasileira: 1870 - 1895. Lisboa: Casa Editora António Maria Pereira, 1896.
MORAIS NETO, Prudente de; OLIVEIRA, Alberto de. A Manhã, [s. l.], v. II, n. 8, p. 122-123, 8 mar. 1942.
NOTAS e anedotas. Comédia popular, [s. l.], n. 25, p. 5, 2 mar. 1878.
OLIVEIRA, Alberto de. Aparições. O mequetrefe, [s. l.], ano IV, n. 124, p. 4, 16 fev. 1878a.
OLIVEIRA, Alberto de. Às feras. Comédia popular, [s. l.], n. 27, p. 3, 16 mar. 1878b.
OLIVEIRA, Alberto de. Canções românticas. Rio de Janeiro: Tipografia da Gazeta de Notícias, 1878c.
OLIVEIRA, Alberto de. Ignoto deo. O mequetrefe, [s. l.], ano IV, n. 123, p. 1, 7 fev. 1878d.
OLIVEIRA, Alberto de. Meu ideal. O Mequetrefe, [s. l.], ano IV, n. 127. p. 1, 3 abr. 1878e.
OLIVEIRA, Alberto de. O culto da forma. In: SILVA, Manoel Cícero Peregrino da (org.). Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro: 1913. Rio de Janeiro: Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1916. v. XXXV.
PACHECO, João. O Realismo. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1967.
QUENTAL, Antero de. Odes modernas. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 1865.
RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. A renovação parnasiana na poesia. In: COUTINHO, Afrânio (org.). A literatura no Brasil. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Global, 2004. v. 4.
RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. “Artur de Oliveira e os primeiros decadentes”. Do barroco ao modernismo: estudos da poesia brasileira. 2. ed. rev. e aum. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1979, pp. 168-172.
RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. “Correntes Anti-Românticas”. Do barroco ao modernismo: estudos da poesia brasileira. 2. ed. rev. e aum. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1979, pp. 164-167.
RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. “Poesia Romântica”. Do barroco ao modernismo: estudos da poesia brasileira. 2. ed. rev. e aum. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1979, pp. 66-86.RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Poesia simbolista. São Paulo: Melhoramentos, 1965.
ROMERO, Sílvio. A literatura brasileira: Suas relações com a portuguesa; o Neo-realismo. Revista Brasileira: Jornal de literatura, teatros e indústria, Rio de Janeiro, ano 1, t. II, p. 273-292, 1879.
ROMERO, Sílvio. Evolução do lirismo brasileiro. Recife: J. B. Edelbrock, 1905.
TRÊS ESTRELAS DO CRUZEIRO. Guerra do Parnaso em Portugal. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n. 30, p. 2, 8 mai. 1878.
TROVÃO, Lopes. Carta do Dr. Lopes Trovão. In: XAVIER, Fontoura. O régio saltimbanco. Rio de Janeiro: Evaristo Rodrigues da Costa, 1877. p. III-IX.
VERÍSSIMO, José. Estudos de literatura brasileira. Sexta série. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1907.
VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira: de Bento Teixeira (1601) a Machado de Assis (1908). 4. ed. Brasília: Univ. de Brasília, 1963.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Gabriel Esteves, Leandro Scarabelot, Dr. Alckmar Luiz dos Santos (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).