Os Kafkas de Coetzee
a última lição de Elizabeth Costello
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2022.36969Palavras-chave:
Kafka, Coetzee, Elizabeth Costello, parábolas, romance contemporâneoResumo
O propósito deste artigo é sugerir que “No portão”, o capítulo final de Elizabeth Costello, de J. M. Coetzee, não apenas se apropria de “Diante da lei”, de Kafka, mas também reconfigura, de modo bem menos evidente, um outro texto do escritor, “Das parábolas”. Para tanto, depois de examinar a enigmática parábola e algumas de suas leituras críticas, busca-se mostrar como a “lição” de Coetzee também traça, em chave ficcional, um amplo comentário sobre as distinções entre “este lado” e “do outro lado” e sobre a afirmação de que toda a parábola, no fundo, quer apenas dizer que o “inexplicável é inexplicável” e que, ao fazer isso, também discute as relações entre literatura e conhecimento.
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