A antiestética estetizante de Hamann
os eflúvios do gênio pré-romântico
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.46438Palavras-chave:
Hamann, estética, gênio, Frühromantik, poesiaResumo
Considerado um autor hermético, Johann Georg Hamann foi muitas vezes associado a posições filosóficas e literárias influentes no movimento Sturm und Drang e como um dos primeiros críticos do Iluminismo. Suas reflexões sobre estéticas, no entanto, parecem ter sido recepcionadas pelo movimento Frühromantik e podem ter fornecido importantes aportes conceituais para o romantismo. O presente artigo visa analisar de que modo Hamann, em seu ensaio Aesthetica in Nuce, desenvolve uma crítica a uma concepção de estética classicista e racionalista ao mesmo tempo que apresenta considerações sobre uma estética baseada em uma relação entre poesia, criação e linguagem. O artigo demonstra como a posição antiestética de Hamann favorece a construção de uma estetização que permite inserir um conceito de gênio importante para a compreensão dos precedentes conceituais do movimento pré-romântico.
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