A antiestética estetizante de Hamann
os eflúvios do gênio pré-romântico
Palavras-chave:
Hamann, estética, gênio, Frühromantik, poesiaResumo
Considerado um autor hermético, Johann Georg Hamann foi muitas vezes associado a posições filosóficas e literárias influentes no movimento Sturm und Drang e como um dos primeiros críticos do Iluminismo. Suas reflexões sobre estéticas, no entanto, parecem ter sido recepcionadas pelo movimento Frühromantik e podem ter fornecido importantes aportes conceituais para o romantismo. O presente artigo visa analisar de que modo Hamann, em seu ensaio Aesthetica in Nuce, desenvolve uma crítica a uma concepção de estética classicista e racionalista ao mesmo tempo que apresenta considerações sobre uma estética baseada em uma relação entre poesia, criação e linguagem. O artigo demonstra como a posição antiestética de Hamann favorece a construção de uma estetização que permite inserir um conceito de gênio importante para a compreensão dos precedentes conceituais do movimento pré-romântico.
Downloads
Referências
ASSAIANTE, Julia Goesser. Body Language: Corporeality, Subjectivity, and Language in Johann Georg Hamann. New York: Peter Lang, 2011. (Studies on themes and motifs in literature)
AUERBACH, Erich. Mimesis: A representação da realidade na literatura ocidental. Trad. George Bernard Sperber. São Paulo: Perspectiva, 2011.
BATTEUX, Charles. Les Beaux-arts réduits a un même principe. Paris: Chez Durand: 1746.
BAUMGARTEN, Alexander Gottlieb. Äesthetik. Lateinisch-deutsch. Band 1. Hamburg: Felix Meiner, 2007.
BAYER, Oswald von. Vernunft ist Sprache: Hamanns Metakritik Kants. Stuttgart: Frommann-Holzboog, 2002.
BEHLER, Ernst. Frühromantik. Berlin: De Gruyter, 1992. (Sammlung Göschen)
BEISER, Frederick C. The Romantic Imperative: The Concept of Early German Romanticism. Cambridge: Harvard University Press, 2003.
BERLIN, Isaiah. Three Critics of the Enlightenment: Vico, Hamann, Herder. Princeton: Princeton University Press, 1997.
BROSE, Thomas. Johann Georg Hamann und David Hume: Metaphysikkritik und Glaub im Spannungsfeld der Aufklaerung – I und II. Pieterlen: Peter Lang, 2006.
HAMANN, Johann Georg. Aesthetica in Nuce; Eine Rhapsodie in Kabbalistischer Prose. In: HAMANN, Johann Georg. Hamann’s Schriften. Zweiter Theil. Ed. Friedrich Roth. Berlin: G. Reimer, 1821. p. 255-308.
HAMANN, Johann Georg. Des Ritters von Rosencreuz letzte Willensmeynung über den göttlichen und menschlichen Ursprung der Sprache. In: HAMANN, Johann Georg Hamann’s Schriften. Vierter Theil. Ed. Friedrich Roth. Berlin: G. Reimer, 1823. p. 21-37.
HAMMERMEISTER, Kai. The German Aesthetic Tradition. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.
JØREGENSEN, Sven-Aage. Querdenker der Aufklärung: Studien zu Johann Georg Hamann. Göttingen: Wallstein, 2013.
REDMOND, Michael. The Hamann-Hume Connection. Religious Studies, v. 23, n. 1, p. 95-107, mar. 1987.
RICHTER, Jean Paul. Sämtliche Werke. Abteilung I, Band 5, Vorschule der Ästhetik, Levana oder Erziehlehre, Politischen Schriften. Frankfurt am Main: Zweiteausendeins, 1996.
SCHLEGEL, Friedrich. Kritischer Friedrich-Schlegel-Ausgabe. Erste Abteilung, Sechster Band. Geschichte der Alten und Neuen Literatur. Paderborn: Ferdinand Schöningh, 1961.
SCHLEGEL, Friedrich. Kritischer Friedrich-Schlegel-Ausgabe. Zweite Abteilung, Achtzehnter Band. Philosophische Lehrjahre – 1796-1806. Paderborn: Ferdinand Schöningh, 1963.
SPARLING, Robert Alan. Johann Georg Hamann and the Enlightenment Project. Toronto: University of Toronto Press, 2011.
TOLLE, Oliver. Herder e a metafísica. Discurso, n. 42, p. 97-116, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Lucas Lazzaretti (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).