Rilke e a religião poética

uma herança romântica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.46443

Palavras-chave:

Octavio Paz, romantismo, Rilke, finitude, poesia, consagração

Resumo

Partindo da leitura de Octavio Paz, em Os filhos do barro, segundo a qual “a morte de Deus” é um tema romântico, exploramos como esse marco de transformações profundas se desenrola em alguns momentos da obra de Rainer Maria Rilke, especificamente pela exacerbação de um traço que, segundo Paz, provém do romantismo: a ideia da poesia como religião originária, do discurso poético como “concorrente” do religioso, e logo, do poeta como profeta e sacerdote. Agora, entretanto, sem a figura de um Deus claramente preexistente ao homem, algumas reconfigurações tornam-se necessárias. Herdeiro dessa tônica romântica, Rilke figurou um mundo sem esse Deus e um caminho possível para a poesia pela busca interior e pela tentativa de um trabalho poético que, paradoxalmente, partindo da finitude, criasse uma divindade.

Biografia do Autor

  • Laura B. Moosburger, Universidade de São Paulo (USP) | São Paulo | SP | BR

    Possui graduação (2005) e mestrado (2007) em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná, e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2019), realizado com bolsa FAPESP. Tem experiência em filosofia, especialmente filosofia moderna e contemporânea, filosofias da existência, ética, estética e literatura, estudos interdisciplinares em filosofia e ciências humanas.

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Publicado

2024-05-24

Edição

Seção

Dossiê - Poesia e filosofia: a atualidade do primeiro romantismo alemão

Como Citar

Rilke e a religião poética: uma herança romântica. (2024). Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 34(1), 102–118. https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.46443