Alexandre Herculano germanista

um tradutor e intérprete do Romantismo em Portugal

Autores

Palavras-chave:

Alexandre Herculano germanista, Alexandre Herculano tradutor, interpretação do Romantismo europeu, primeira fase do Romantismo na Alemanha, Romantismo em Portugal

Resumo

A partir da leitura do ensaio “Herculano tradutor e intérprete do Romantismo europeu”, de Fernanda Gil da Costa (2013), elaboramos o presente ensaio. Aqui, usamos o vocábulo tradução não apenas literalmente, ou na etimologia latina (traductio, -onis: transferência ou passagem), mas também livremente, no modo amplo e até figurado de leitura, interpretação e significação. No caso, trata-se da tradução do Romantismo, particularmente a primeira fase na Alemanha, enquanto uma mediação entre nações, línguas e culturas. Nesse contexto, objetivamos contribuir para divulgar e valorizar uma dimensão reconhecida, porém rara e ocasionalmente referenciada em Alexandre Herculano, qual seja, seu aspecto germanista, na condição de um tradutor e intérprete do Romantismo em Portugal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hugo Lenes Menezes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI) | Teresina | PI | BR

Hugo Lenes Menezes é doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sob a orientação do Prof. Dr. Paulo Franchetti, com estágio pós-doutoral em Estudos Comparados de Literaturas em Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), sob a supervisão do Prof. Dr. Benjamin Abdala Jr., e com aperfeiçoamento pelo Centre d’Approches Vivantes des Langues et des Médias (CAVILAM) de Vichy, França. Integra, também, a Deutscher Lusitanistenverband (DLV) e o Grupo de Estudos de Adaptação e Tradução (GREAT/CAPES/USP). É professor titular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI).

Referências

AMORA, Antônio Soares. Propedêutica para os leitores de Herculano. In: AMORA, Antônio Soares. Monumentos literários da língua portuguesa. São Paulo: Saraiva, 1959. p. XII.

ARMELIM JUNIOR, Manuel Veloso de (Org.). Trechos literários de Alexandre Herculano e cartas. Lisboa: Tipografia Leiria, 1910.

BARRETO, Tobias. Sobre um escrito de A. Herculano. In: BARRETO, Tobias. Ensaios e estudos de filosofia e crítica. 2. ed. corr. e aum. Recife: J. Nogueira de Souza, 1889. p. 47-89.

BERLIN, Isaiah. As raízes do romantismo. Tradução Isa Mara Lando. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

BERMAN, Antoine. A prova do estrangeiro: cultura e tradução na Alemanha romântica. Tradução Maria Emília Pereira Chanut. Bauru: EDUSC, 2002.

CICÉRON. Orator. De optimo genere oratorum. L’orateur. Du meilleur genre d’orateurs. Texto estabelecido e traduzido por Albert Yon. Paris: Les Belles Lettres, 1964.

COSTA, Fernanda Gil. Herculano tradutor e intérprete do romantismo europeu. In: MARINHO, Maria de Fátima; AMARAL, Luís Carlos; TAVARES, Pedro Vilas-Boas (Coord.). Revisitando Herculano no bicentenário de seu nascimento. Porto: FLU, 2013. p. 19-24.

CRAIG, Gordon. The Germans. New York: G. P. Putnam’s Sons, 1981.

FALCON, Francisco José Calazans. Iluminismo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1994. (Série Princípios).

FERREIRA, Alberto. Perspectiva do romantismo português. Lisboa: Litexa, 2007.

FERREIRA, Maria Ema Tarracha. Introdução. In: HERCULANO, Alexandre. Lendas e narrativas. Lisboa: Biblioteca Ulisseia de Autores, 1998. p. 48.

FIGUEIREDO, Fidelino de. História da literatura romântica portuguesa. São Paulo: Anchieta, 1946.

FRANÇA, José-Augusto. O romantismo em Portugal. 2. ed. Lisboa: Livros Horizonte, 1993.

FRIEDMAN, Norman. Point of View in Fiction: the Development of a Critical Concept. In: STEVICK, Philip (ed.). The Theory of the Novel. New York: The Free Press, 1967. p. 119-120.

HEISE, Eloá; RÖHL, Ruth. Sturm und Drang. In: HEISE, Eloá; RÖHL, Ruth. História da literatura alemã. São Paulo: Ática, 1986. p. 46-47.

HERCULANO, Alexandre. De Jersey a Granville (1831). In: HERCULANO, Alexandre. Scenas de um anno de minha vida e apontamentos de viagem. Lisboa: Bertrand, 1934. p. 20.

HERCULANO, Alexandre. Opúsculos. Lisboa: Bertrand, 2006. E-book. Disponível em: https://www.gutenberg.org/cache/epub/18330/pg18330.html. Acesso em: 5 fev. 2023. t. IX.

LIEBEL, Vinícius. A Kultur alemã: literatura. In: Os alemães. São Paulo: Contexto, 2018 (Coleção Povos & Civilizações). p. 114.

MEDEIROS, Constantino Luz de. A invenção da modernidade literária: Friedrich Schlegel e o Romantismo alemão. São Paulo: Iluminuras; UFMG, 2018.

MONTEIRO, Ofélia Paiva. Pré-Romantismo. In: BERNARDES, José Augusto Cardoso et al. Biblos: enciclopédia VERBO das literaturas de língua portuguesa. Lisboa: Verbo, 2001. p. 423.

NEMÉSIO, Vitorino. A mocidade de Herculano. Lisboa: Livraria Bertrand, 1934.

NOVALIS. Sämmtliche Werke. Illinois: AbeBooks, 2018. v. III.

NUNES, Ângela Maria Pereira. José Saramago em tradução alemã. Babilónia: Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução. Lisboa, n. 4, p. 101-110, 2006, Edições Universitárias Lusófonas. ISSN 1646-3730. Disponível em: https://recil.ensinolusofona.pt/handle/10437/1948. Acesso em: 18 jun. 2023.

NUNES, Benedito. A visão romântica. In: GUINSBURG, J. O Romantismo. São Paulo: Perspectiva, 1993, p. 52-53.

OLIVEIRA, Maria Filipa Avelar Duarte S. de. Alexandre Herculano e a tradução. 2008. Dissertação (Mestrado em Estudos de Tradução). Universidade Aberta, Lisboa, Portugal, 2008.

PASSOS, Marie-Hélène Paret. Da criação genética à tradução literária: uma interdisciplinaridade. Vinhedo: Horizonte, 2011.

PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Tradução José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2005.

PLAZA, Julio. Tradução intersemiótica. São Paulo: Perspectiva, 2003.

RAJAGOPALAN, Kanavillil. O significado da tradução e a tradução do significado. Revista Letras, Curitiba, n. 56, p. 63-139, jul./dez. 2001. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/1ff2/d5cdf4f6f231f38dff75fe403b78490601d1.pdf?_gl=1*hstzz5*_ga*NjE2ODI1MDk2LjE3MDI1ODQ1NzQ.*_ga_H7P4ZT52H5*MTcwOTA1NjY1MS4yLjAuMTcwOTA1NjY1Mi41OS4wLjA. Acesso em: 13 jun. 2023.

REIS, Carlos; PIRES, Maria da Natividade. História crítica da literatura portuguesa. Lisboa: Verbo, 1999. v. V: O Romantismo.

SAFRANSKI, Rüdiger. Romantismo: uma questão alemã. Tradução Rita Rios. São Paulo: Estação Liberdade, 2010.

SANTANA, Vanete Dutra. O papel do Estado na sociedade liberal portuguesa, segundo Alexandre Herculano. Campinas: 1999. (manuscrito).

SANTANA-DEZMANN, Vanete Dutra. As belles infidèles e os românticos alemães. Belas Infiéis, Brasília, v. 5, n. 3, p. 89-105, 2016. DOI: https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v5.n3.2016.11401. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/11401. Acesso em: 15 jun. 2023.

SANTIAGO, Rúbia de Nazaré Duarte. A tradução de poemas de língua alemã no jornal Folha do Norte. Texto Poético, [s. l.], v. 9, n. 14, p. 68-83, 2013. DOI: https://doi.org/10.25094/rtp.2013n14a25. Disponível em: https://textopoetico.emnuvens.com.br/rtp/article/view/25. Acesso em: 17 jun. 2023.

SCHEEL, Márcio. A tradução como mapa do mundo e como reconhecimento do outro. Estado da Arte: revista de cultura, artes e ideias, São Paulo, 16 fev. 2021. Disponível em: https://estadodaarte.estadao.com.br/traducao-lingua-mscheel/. Acesso em: 20 jun. 2023.

SCHLEIERMACHER, Friedrich. Sobre os diferentes métodos da tradução. Tradução Celso R. Braida. In: HEIDERMANN, Werner. (Org.). Clássicos da teoria da tradução. Tradução Margarete von Mühlen Poll et al. Florianópolis: UFSC/NUPLITT, 2001. v. 1: Alemão-Português.

SILVA, Inocêncio Francisco da. Dicionário bibliográfico português. Lisboa: Imprensa Nacional, 1858-1923.

SIMÕES, João Gaspar. A voga das traduções. In: História da poesia portuguesa. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1956. v. II. p. 93-94.

STEINER, George. Depois de Babel: questões de linguagem e tradução. Tradução Carlos Alberto Faraco. Curitiba: UFPR, 2005.

WOLF, Norbert. A pintura da era romântica. Tradução Isabel Falcão. Lisboa: Taschen, 1999.

Downloads

Publicado

2024-05-24

Como Citar

Menezes, H. L. (2024). Alexandre Herculano germanista: um tradutor e intérprete do Romantismo em Portugal. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 34(1), 119–137. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/46899

Edição

Seção

Dossiê - Poesia e filosofia: a atualidade do primeiro romantismo alemão