Karl Marx e a luta contra a escravidão negra

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Resumo

O artigo pretende realizar alguns apontamentos atuais de categorias-chave para se compreender a eclosão da Guerra Civil na América do Norte, entre 1861 e 1865, quais sejam, o escravismo e o racismo presentes como elementos motrizes do conflito internacional e explicitar como tais categorias ainda tencionam as agendas dos negros nos Estados Unidos da América. No momento em que as lutas antirracistas ecoam com maior intensidade, o texto nos parece oportuno como contribuição para o debate das questões raciais envolvendo tanto os Estados Unidos quanto o Brasil e demais nações do mundo, na proporção em que traz novas abordagens de análises. Para isso, e numa perspectiva metodológica interdisciplinar, dois autores são essenciais nesta tarefa para alargar a compreensão do fenômeno racial, Karl Marx e Friedrich Engels (1974), uma vez que ambos elaboraram, cada qual ao seu modo, escritas sobre aquela guerra. Daremos destaque ao caso da Virgínia, por possibilitar uma conexão entre o passado escravista descrito por Marx e a atual crise étnica norte-americana. Desta forma, a herança da Guerra Civil Americana influencia díspares aspectos fenômicos, sociais, políticos, étnicos, jurídicos e mentais na vida das pessoas negras, cujo grau de sociabilidade ainda não se realizou devidamente.

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Biografia do Autor

Alexandre Francisco Braga, Universidade Federal de Ouro Preto

Especialista em Políticas Públicas de Raça e Gênero pela Universidade Federal de Outro Preto (UFOP). Mestrando em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN).

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Publicado

10.01.2024

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Artigos