foi mensurado diariamente pela manhã com o auxílio de
proveta graduada (plástico). A densidade da urina foi
avaliada no mesmo momento com o auxílio de refra- tômetro
manual Megabrix®. Foram retiradas alíquotas
representativas
deste material uma vez ao dia no período
da manhã, e
posteriormente foram acondicionadas em garrafas
devidamente identificados e armazenadas em
congelador a -
10°C. Antes de serem armazenadas as amos-
tras foram
filtradas com filtro de papel (utilizados para
coar café)
retirando-se possíveis contaminações. Ao final do período de
coleta, as amostras correspondentes a cada animal foram
descongeladas, homogeneizadas e filtradas
novamente
utilizando-se filtro de papel, sendo retirada
alíquota de 20% para posteriores análises laboratoriais.
Posteriormente foi feita a primeira secagem das amostras
de
sobras e fezes em estufa de circulação forçada de ar, a 55°C
por 72 horas, até obter peso constante. Feito isto, as amostras
foram moídas, em moinho de facas do tipo Willey, em
partículas de 1 mm.
Logo após, as amostras foram levadas ao labo-
ratório onde foi realizada a 2ª matéria seca das amos- tras
de sobras e fezes, em estufa a 105°C por 24 horas, sendo
então possível calcular a matéria seca definitiva das
mesmas e teor dos nutrientes, e posteriormente, a
digestibilidade aparente dos nutrientes e matéria seca
através das seguintes fórmulas (Maynard et al., 1984):
CN = (Cons x %Cons) – (Sob x %Sob); DA = (CN – (Fez x %Fez)) / CN x 100
Onde: CN = consumo de nutriente (kg); Cons = quantidade de alimento consumido (kg); %Cons = teor de nutriente no alimento fornecido (%); Sob =
quantidade de sobra retirada (kg); %Sob = teor do nutriente nas sobras (%); DA = digestibilidade aparente (%); Fez = quantidade de fezes coletada (kg); %Fez =
teor do nutriente nas fezes (%);
Para o estudo do comportamento ingestivo os
animais foram submetidos à observação visual por pes-
soas
treinadas, em sistema de revezamento, dispostas de maneira a
não incomodar os animais, por um período de
24 horas, no
último dia de coleta de dados. No período noturno, o
ambiente recebeu iluminação artificial, e as luzes
permaneceram acessas durante cinco dias antes da
avaliação
para promover a adaptação dos animais. Foram
verificados a
cada cinco minutos, se os animais estavam realizando
ingestão do alimento e água, ruminação ou ócio, de acordo
com a metodologia proposta por Fischer et al. (1998).
em freezer a -5°C para posterior análise laboratorial. Os
componentes bioquímicos para determinação do me-
tabolismo energético foram: triglicerídeos, colesterol e
VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade); e, para
determinação do metabolismo proteico foram: proteína
total,
albumina, globulina, ácido úrico, ureia e creatinina.
A avaliação glicêmica foi feita no último dia de
coleta, sendo que neste dia a primeira alimentação foi
realizada logo após a primeira coleta de sangue e a segunda
alimentação após a última coleta. As coletas de sangue foram
realizadas às 8:00, 11:00, 14:00, 17:00 e
20:00 horas, sendo
as amostras coletadas por venopunção
jugular com auxílio de
Vacutainer® com fluoreto. Todas
as amostras foram
processadas em analisador bioquímico
automatizado
(Bioplus® 2000), usando kit comercial da GT Lab®.
Os cálculos das atividades foram feitos em mi-
nutos por dia, admitindo que, nos cinco minutos sub-
sequentes a cada observação, o animal permaneceu na
mesma atividade. Já o tempo total gasto em mastigação
(MAST) foi determinado somando-se os tempos gastos em
ingestão (ING) e ruminação (RUM). As eficiência de
ingestão (EIng), mastigação (EMast) e ruminação (ERum)
foram obtidas segundo Polli, et al. 1996, de acordo com as
equações: EIng (g/min) = CMS/Tal; EMast (g/min)
= CMS/Tmast e ERum (g/min) = CMS/Trum; em que CMS
é consumo de MS (g/MS/dia), Tal é o tempo de
alimentação
(h/dia), Tmast é o tempo em mastigação (h/
dia) e Trum é o
tempo em ruminação (h/dia) (Bürger et al. 2000).
Utilizou-se o delineamento inteiramente ao acaso, com
quatro tratamentos e cinco repetições por tratamento.
As médias
dos tratamentos foram comparadas pelo teste de SNK ao
nível de 95% de significância, utilizando o pacote
estatístico SAEG 9.0. A glicemia foi em esquema
de parcelas
subdivididas, sendo tratamentos nas parcelas
e horários
(foram analisados por estudo de regressão) de colheita nas
subparcelas. As médias de escore fecal foram avaliadas pelo
teste não paramétrico de Kruskal e Wallis (1952). Para
todas as variáveis foram testadas a normalidade e
homogeinicidade dos dados.
As colheitas de sangue para avaliação dos com-
ponentes bioquímicos foram realizadas por venopunção
jugular com auxílio de tubos Vacutainer® sem anti-coa-
gulante, durante três dias alternados (primeiro, terceiro e
quinto dia de coleta de dados). Os dados apresentados foram
obtidos através da média dos três dias de coleta.
Todas as
colheitas de sangue foram realizadas no período
da manhã,
antes do fornecimento da primeira alimenta-
ção. As amostras
de sangue coletadas foram centrifugadas
a 3000 rpm por 10
minutos, sendo os soros separados em alíquotas, guardados
em microtubos e armazenados
Os animais alimentados com volumoso extrusado
contendo diferentes teores de Uruchloa brizantha (52,5%,
60,0% E 65,0%) tiveram maior consumo de matéria seca
expresso em kg/dia e em relação ao peso corporal do que
os
animais alimentados com silagem de milho (P<0,05; Tabela
2). De acordo com o NRC (2007) o consumo de matéria seca
ideal para ovelhas adultas em manutenção
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 01–11, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.25810