O traço em Ana Hatherly – a letra do desenho, o desenho da letra
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.41.65.241-259Palabras clave:
Traço, Letra, Imagem, LeituraResumen
Neste artigo, investigam-se o pensamento do gesto e a presença do traço como elementos comuns às obras visuais e aos poemas de Ana Hatherly. A reflexão se fundamenta em textos teóricos da autora, em um ensaio de Gonçalo Tavares a respeito da presença do traço nas palavras e nas imagens, no conceito de “escritura”, extraído de O império dos signos, de Roland Barthes, e no conceito de “anacrusa”, tal como formulado por Maurice Blanchot. Por fim, demonstra-se a indissociabilidade entre palavras e imagens nas anotações de sonhos presentes no livro Anacrusa, de Ana Hatherly, além de se delimitar os efeitos da reinvenção da leitura formulada pela autora ao longo de sua obra.
Referencias
BARTHES, R. O império dos signos. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
BLANCHOT, M. Uma voz vinda de outro lugar. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
HATHERLY, A. A idade da escrita e outros poemas. São Paulo: Escrituras Editora, 2005.
HATHERLY, A. A mão inteligente. Lisboa: Quimera editores, 2003.
HATHERLY, A. A reinvenção da leitura. Lisboa: Editoria Futura, 1975. Disponível em: https://po-ex.net/taxonomia/materialidades/planograficas/ana-hatherly-reinvencao-da-leitura-19-textos-visuais/. Acesso em: 27 jan. 2021.
HATHERLY, A. Anacrusa – 68 sonhos. Lisboa: &etc.: 1983.
HATHERLY, A. Fibrilações. Lisboa: Quimera Editores, 2005b.
HATHERLY, A. Território Anagramático. Lisboa: Documenta; Fundação Carmona e Costa, 2018.
TAVARES, G. M. A temperatura do corpo. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.