DEFICIÊNCIA, DIVERSIDADE E DIFERENÇA:
IDIOSSINCRASIAS E DIVERGÊNCIAS CONCEITUAIS
Palavras-chave:
Deficiência, Diversidade, Diferença Humana, Política de InclusãoResumo
Em virtude das diferentes circunstâncias históricas, o marco político e legal brasileiro para a inclusão se expandiu consideravelmente nas últimas décadas, trazendo diretrizes transversais em favor de grupos identitários específicos como pessoas com deficiências, mulheres e coletivos etnicorraciais. Desde 1980, a Organização das Nações Unidas (ONU) assume um papel preponderante na difusão de orientações internacionais contra violências, discriminações e privações que colocam em múltiplos riscos pessoas e grupos sociais. Portanto, há, em certa medida, o consenso de que a inclusão é um princípio regulador das nações. Ainda que seja uma pauta emergente diante do complexo quadro de barreiras e exclusões sociais, os discursos públicos, das agências internacionais e de dirigentes governamentais, na defesa da inclusão e diversidade apresentam idiossincrasias e contradições que, inclusive, camuflam intencionalidades políticas, desconectadas das lutas coletivas. Nesta linha, este artigo tem como objetivo caracterizar as diferenças conceituais entre deficiência, diversidade e diferença humana com intuito de refletir acerca de como esses conceitos operam nas dinâmicas sociais. Conclui-se que as definições, objetos de análise, situam-se em um mesmo debate político, porém cada termo configura fundamentos ideológicos próprios que ora alinham-se às perceptivas críticas do discurso, ora reproduzem a visão normativa de sujeitos-corpos-mentes, naturalizando, de forma muitas vezes sutil, a retórica da subalternidade na relação entre dominantes e dominados.
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