Criança: objeto a liberado?

Autores

  • Glaucineia Gomes de Lima

Palavras-chave:

Criança;, Sintoma;, Gozo;, Desejo

Resumo

Lacan (1968-69) abordou a criança como objeto a liberado. Assim, ela é capturada no gozo, drama em torno do qual a família se estrutura. Tais formulações são questionadas no texto que discute o lugar da criança como objeto de gozo nos tempos atuais. Parte-se da discussão sobre a sociedade da globalização, cuja lógica se orienta para a produção incessante de objetos de consumo, marcada pelo declínio dos ideais e o impulso ao hedonismo mortífero. O imperativo do consumo na sociedade globalizada não é sem consequências para a educação, que se guia pela lógica de educar para o mercado, empreitada que tem como efeito o fracasso escolar, um dos nomes do ‘mal-estar’ na educação. Desponta, entre educadores e educandos, apatia, tédio e indiferença no vazio em que parece ter se tornado o espaço escolar. Os efeitos de retorno do gozo incidem sobre o corpo das crianças, que é objeto de maus-tratos, violência, pedofilia e todo tipo de abusos. Assim, conclui-se questionando qual é o lugar para a escuta do sintoma, face ao imperativo de consumo e a ascensão do objeto, e as suas consequências para o apagamento da subjetividade da criança.

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Publicado

2023-05-29

Como Citar

Lima, G. G. de . (2023). Criança: objeto a liberado?. Educação Em Revista, 25(1). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39829

Edição

Seção

Psicanálise e Educação