Em letras e ritmos: visões de escola, educação e trabalho no samba brasileiro (1930-1950

Authors

Keywords:

História da Educação, Samba, Radiodifusão, Cultura Popular

Abstract

Este artigo analisa o modo como questões ligadas ao analfabetismo, escola, educação e experiência foram tratadas em canções compostas por sambistas brasileiros que se autodenominavam “malandros”. Dialogando com a história social inglesa, particularmente com os trabalhos de E. P. Thompson, considera que este cancioneiro constitui fonte histórica que permite o acesso a formas de pensar e sentir dos grupos populares quanto à escola e à educação, entre os anos 1930 e 1950, período em que esses sambas alcançaram sucesso por meio do rádio. Conclui que essas composições, mesmo tematizando sujeitos ou situações singulares, foram exercícios sonoros de crítica social e educação política, com a constância de certas tópicas: denúncia das desigualdades educacionais e escolares, do preconceito contra o analfabeto, conflito entre cultura letrada e cultura popular e, por fim, uma postura anti-intelectualista que desdenhava dos saberes escolares vistos como pouco úteis diante das urgências da vida cotidiana. 

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Author Biography

Maria Ângela Borges Salvadori, FEUSP

Graduada e Mestre em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (1985 e 1989, respectivamente). Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Unicamp junto ao Departamento de Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte (2000). Docente do Departamento de Filosofia e Ciências da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Suas pesquisas focam diferentes sujeitos, tempos, espaços e práticas formativas no diálogo com a história social inglesa, destacando o tema da educação das classes populares e das relações entre história e memória. 

Published

2023-05-30

How to Cite

Salvadori, M. Ângela B. (2023). Em letras e ritmos: visões de escola, educação e trabalho no samba brasileiro (1930-1950. Educação Em Revista, 34. Retrieved from https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/21334