Rap global, de Boaventura de Sousa Santos

tradução e teoria postas em jogo na ficção

Autores

  • Letícia Campos de Resende Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.26.1.57-72

Palavras-chave:

Rap global, Boaventura de Sousa Santos, “teoria da tradução”

Resumo

No poema Rap global, Boaventura de Sousa Santos ficcionaliza teoria e escrita, inventando um rapper, Queni N. S. L. Oeste, ao qual se atribui a autoria do poema, para tratar de forma poética e ficcional de conceitos acadêmicos já expostos antes em várias de suas obras. Neste artigo, pretendemos mostrar em que medida o poema põe em prática uma “teoria da tradução”, que, por meio de uma rede intertextual conectando diferentes autores e meios, se propõe a criar laços de solidariedade e inteligibilidade mútua entre diferentes comunidades.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Letícia Campos de Resende, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
    Mestra em Estudos Literários pela UFJF. Doutoranda em Estudos Literários pela UFMG, atuando na área de pesquisa de Literaturas Modernas e Contemporâneas.

Referências

CANCLINI, N. G. Culturas híbridas: estrategias para entrar y salir de la modernidad. México, DF: Grijalbo, 1990.

DAVIS, A. Freedom is a Constant Struggle: Ferguson, Palestine, and the Foundations of a Movement. Chicago: Haymarket Books, 2016.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva; Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014 [1992].

HALL, S. A questão multicultural. In: HALL, S. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik e tradução Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: UFMG, 51-100, 2003.

JAKOBSON, R. Os aspectos linguísticos da tradução. Tradução Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. 20.ed. In: JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1995 [1959].

MIGNOLO, W. Historias locales/disenõs globales: colonia¬lidad, conocimientos subalternos y pensamento fronterizo. Madri: Akal, 2003.

MIRANDA, W. M.; SOUZA, E. M. de. Perspectivas da literatura comparada no Brasil. In: CARVALHAL, T. F. Literatura comparada no mundo: questões e métodos – Literatura comparada en el mundo: cuestiones y métodos. Porto Alegre: L&PM/VITAE/AILC, 1997, p. 39-52.

NUNES, J. A.; SANTOS, B. de S. Para ampliar o cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade. In: SANTOS, B. de S. (Org.). Reconhecer para libertar: os caminhos do cos¬mopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 25-68.

SANTIAGO, S. O cosmopolitismo do pobre. In: O cosmopoli¬tismo do pobre. Belo Horizonte: UFMG, 2004, p. 45-63.

SANTOS, B. de S. A critique of lazy reason: against the waste of experience. In: WALLERSTEIN, I (Org.). The modern world-sys¬tem in the longue durée. Londres: Paradigm Publishers, 2004, p. 157-197. Disponível em: < http://www.ces.uc.pt/bss/documen-tos/A%20critique%20of%20lazy%20reason.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2017.

SANTOS, B. de S. Por uma concepção multicultural de direitos huma¬nos. In: SANTOS, B. de S. (Org.). Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 427-462.

SANTOS, B. de S. Os processos de globalização. In: SANTOS, B. de S. (Org.). A globalização e as ciências sociais. São Paulo: Cortez, 2002, p. 25-102.

SANTOS, B. de S. Rap global. Rio de Janeiro, Aeroplano, 2010.

SANTOS, J. R. dos. Épuras do social: como podem os intelec¬tuais trabalhar para os pobres. São Paulo: Global, 2004.

TAYLOR, D. Encenando a memória social: Yuyachkani. In: ARBEX, M.; RAVETTI, G. performances, exílios, fronteiras: er¬râncias territoriais e textuais. Belo Horizonte: UFMG, p. 13-45.

Downloads

Publicado

2020-11-19