Entre subjetivo e citadino

“Anoitecer”, de Carlos Drummond de Andrade

Autores

  • Rodrigo Valverde Denubila Universidade Estadual Paulista (UNESP/Araraquara)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.25.3.44-63

Palavras-chave:

Carlos Drummond de Andrade, “Anoitecer”, morte, metrópole

Resumo

Este estudo consiste em uma leitura crítica de “Anoitecer”, poema de Carlos Drummond de Andrade, publicado em A rosa do povo. Objetiva-se evidenciar como a organização formal reflete o conteúdo. Sublinha-se, pois, como os aspectos expressivos formais estão comprometidos com os aspectos expressivos existenciais. No itinerário de leitura proposto, evidenciam-se questões próprias à modernidade e ao espaço citadino. Porém, essas são transcendidas quando aparecem outras ligadas à temporalidade do ser. Isso faz com que se identifique dicotômica articulação semântica entre subjetivo e citado, entre facticidade existencial e eternidade.

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Biografia do Autor

  • Rodrigo Valverde Denubila, Universidade Estadual Paulista (UNESP/Araraquara)

    Doutor em Estudos Literários pela UNESP/Araraquara. Realizou pesquisa de pós-doutoramento na mesma instituição estudando as relações entre modernidade e pós-modernidade, modernismo e pósmodernismo.

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Publicado

2020-03-20