Entre subjetivo e citadino
“Anoitecer”, de Carlos Drummond de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.25.3.44-63Palavras-chave:
Carlos Drummond de Andrade, “Anoitecer”, morte, metrópoleResumo
Este estudo consiste em uma leitura crítica de “Anoitecer”, poema de Carlos Drummond de Andrade, publicado em A rosa do povo. Objetiva-se evidenciar como a organização formal reflete o conteúdo. Sublinha-se, pois, como os aspectos expressivos formais estão comprometidos com os aspectos expressivos existenciais. No itinerário de leitura proposto, evidenciam-se questões próprias à modernidade e ao espaço citadino. Porém, essas são transcendidas quando aparecem outras ligadas à temporalidade do ser. Isso faz com que se identifique dicotômica articulação semântica entre subjetivo e citado, entre facticidade existencial e eternidade.
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Referências
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