Diálogo poético
João Cabral e Sophia Breyner
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.23.3.139-153Palavras-chave:
Literatura comparada, metapoesia, poesia crítica, poesia modernaResumo
Neste trabalho pretende-se analisar o poema “Elogio da usina e de Sofia de Melo Breiner Andresen”, publicado na obra A educação pela pedra (1966), visando problematizar o olhar crítico do poeta João Cabral de Melo a partir da discussão de estudos importantes já realizados sobre sua poética e a de Sophia Breyner. A atividade crítica não é estranha ao poeta cuja poesia já foi designada, inclusive, de “poesia crítica”. Além disso, com frequência João Cabral manifestou-se sobre suas escolhas poéticas e é autor de dois textos críticos importantes para o estudo da poesia moderna: “Poesia e composição” e “Da função moderna da poesia”. Seguindo uma estrutura bipartida, a primeira parte do poema desconstrói a subjetividade da lírica tradicional para, na segunda, elogiar a escrita objetiva. No seu elogio às características da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, João Cabral de Melo Neto acaba por ressaltar características que julga pertinentes a toda poesia.
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