A escrita como resistência em António Lobo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.20.2.150-170Palavras-chave:
António Lobo Antunes, Guerra colonial, Literatura portuguesa, CartasResumo
A Guerra Colonial como cenário e contexto de produção está implicada nos romances iniciais de António Lobo Antunes, que, conjugados com as cartas que marcam esse período, são um importante material de pesquisa para verificar a escrita e a leitura como resistência. Este artigo procura mostrar como a urgência de um projeto (os livros por vir) é também uma forma de sobrevivência à traumática experiência da guerra, bem como o despertar de um trabalho contínuo de observação e filtragem da memória do autor a corroborar a composição de sua escrita.
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