O que ajunta espalha
tempo e paradoxo em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e Nós, os do Makulusu, de Luandino Vieira
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.17.3.14-34Palavras-chave:
Tempo, paradoxo, Paul Ricœur, Guimarães Rosa, Luandino VieiraResumo
Leitura do tempo e do paradoxo a partir da teoria ricoeuriana. Em Grande sertão: veredas, analisa-se a criação de um ponto de observação e elaboração narrativa fora do fluxo temporal. Em Nós, os do Makulusu, estuda-se o processo de desintegração da linearidade temporal em função da experiência traumática da guerra.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Trad. Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.
ARRIGUCCI Jr, Davi. O mundo misturado: romance e experiência em Guimarães Rosa. Novos Estudos/Cebrap, São Paulo, n. 40, p. 7-29, nov. 1994.
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. 2. ed. brasileira. Rio de Janeiro: Delta, 1968.
BORGES, Jorge Luis. O livro dos seres imaginários. 3. ed. Trad. Carmen V. C. Lima. Porto Alegre: Globo, 1982.
CAMPOS, Augusto de. Um lance de “dês” do Grande Sertão. Revista do Livro, Rio de Janeiro, ano IV, n. 16, 1959.
CORNEJO-POLAR, Antonio. Mestizage, transculturacion, heterogeneidad. In: MAZZOTI, José Antonio; ZEVALLOS AGUILAR, U. J. (Coord.). Asedios a la heterogeneidad cultural: libro de homenaje a Antonio Cornejo-Polar. Philadelphia: Asociacion Internacional de Peruanistas, 1996.
DINIZ, Dilma Castelo Branco. A figura da elipse no Grande sertão: veredas. O Eixo e a Roda – Revista de literatura brasileira, v. 12, Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2006, p. 175- 185.
FRASER, Julius Thomas. The genesis and evolution of time. Amherst: The University of Massachusetts Press, 1982.
GARBUGLIO, José Carlos. O mundo movente de Guimarães Rosa. São Paulo: Ática, 1972.
HOUAISS, Antônio (Org.). Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. CD-ROM. Versão 1.0.5. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss / Editora Objetiva, 2002.
LABAN, Michel et al. Luandino. José Luandino Vieira e sua obra (estudos, testemunhos, entrevistas). Lisboa: Edições 70, 1980. (Signos, 32)
LOBO, Manuel da Costa. Subsídios para a história de Luanda. Lisboa: Edição do Autor, 1967.
LORENZ, Günter. Diálogo com Guimarães Rosa. In: COUTINHO, Eduardo. Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/Brasília, INL, 1983. p. 62-97 (Coleção Fortuna Crítica, 6)
MENDILOW, Adam Abraham. O tempo e o romance. Trad. Flávio Aguiar. Porto Alegre: Globo, 1972.
MEYERHOFF, Hans. O tempo na literatura. Trad. Myriam Campello. São Paulo: McGrawHill do Brasil, 1976.
PERES, Phyllis. Transculturation and resistance in lusophone African literature. Gainesville: University of Florida Press, 1997.
POUILLON, Jean. O tempo no romance. Trad. Heloysa de Lima Dantas. São Paulo: Cultrix, 1964.
RICHARDS, I. A. The philosophy of rhetoric. London: Oxford University Press, 1965.
RICŒUR, Paul. Temps et recit. Paris: Seuil, 1983. Tomo I.
RICŒUR, Paul. Tempo e narrativa. Trad.: Constança Marcondes Cesar. Campinas: Papirus, 1994. Tomo I.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,1967.
SANTO AGOSTINHO. Confissões. Trad. J. Oliveira Santos e A. Ambrosio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
VIEIRA, José Luandino. João Vêncio: os seus amores. 2. ed. Lisboa: Edições 70, 1987.
VIEIRA, José Luandino. Nós, os do Makulusu. 4. ed. Porto: Edições 70, 1985.
WHITROW, Gerald James. O tempo na historia: concepções sobre o tempo da pré-história aos nossos dias. Trad. Maria Luiza Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.



