OS SERTÕES DO GRUPO OFICINA
ANTES DE TUDO UM TEAT(R)O POLÍTICO
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.16.1.120-137Palavras-chave:
Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa, política, arte, identidade culturalResumo
O presente ensaio desenvolve uma reflexão sobre a leitura que José Celso Martinez Corrêa fez da personagem Euclides da Cunha e de sua obra Os sertõescomo uma expressão de ato político. A peça é dividida em cinco partes: A Terra, O Homem I, O Homem II, A Lutas I e A Luta II – cada uma sendo apresentada em um dia e somando um total de quase 30h de apresentação espetacular. O texto dramatúrgico/espetacular de José Celso é considerado neste estudo como uma leitura/concepção de Os sertões de Euclides da Cunha e, como tal, reproduz todas as suas contradições e particularidades teatrais do grupo ao longo de sua trajetória de mais de 50 anos de atuação.Downloads
Referências
ANDRADE, Oswald de. Manifesto Antropofágico. In: TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Record, 1987.
ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. 2. ed. Trad. Teixeira Coelho. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
BENJAMIN, Walter. Que é o teatro épico? Um estudo sobre Brecht. In: BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994. v. I.
BRECHT, Bertold. Estudos sobre teatro. Trad. Fiama Paes Brandão. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
CAMPOS, Augusto e Haroldo de. Panaroma de Finnegans Wake. São Paulo: Perspectiva, 2003.
COHEN, Renato. Work in progress na cena contemporânea. São Paulo: Perspectiva, 2006.
COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2007.
CUNHA, Euclides da. Os sertões (Edição: Leopoldo M. Bernucci). São Paulo: Ateliê, 2002.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 2004. v. 3.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA. SEC. SERVIÇO NACIONAL DE 35 ROSA. Grande sertão: veredas, p. 24. TEATRO - DIONYSOS – TEATRO OFICINA, n. 26, jan. 1982.
FREUD, Sigmund. Totem e tabu. São Paulo: Imago, 1972.
GROTOWSKI, Jerzy. Teatro laboratório de Jarzy Grotowski 1953 – 1969. Trad. Berenice Raulino. São Paulo: Perspectiva, 2007.
LEHMANN, Hans-Thies. O teatro pós-dramático. Trad. Pedro Süssekind. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
MARTINEZ CORRÊA, José Celso. Primeiro Ato: cadernos, depoimentos, entrevistas (1958-1974). Org. Ana Helena Camargo de Staal. São Paulo: Ed. 34, 1998.
MOSTAÇO, Edécio; SAADI, Fátima. Entrevista com Zé Celso: “O anarquista coroado”. Revista Folhetim: Teatro do pequeno Gesto, n. 12, p. 149, jan./mar. 2002.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
PAVIS, Patrice. A análise dos espetáculos. São Paulo: Perspectiva, 2005.
REVISTA FOLHETIM: Teatro do Pequeno Gesto, n. 12, p. 125, jan.-/mar. 2002.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
SILVA, Armando Sérgio da. Oficina: do teatro ao te-ato. São Paulo. Perspectiva, 1981.
TEATRO OFICINA. Os Sertões / A Terra (programa da peça). São Paulo: Teatro oficina: 2006.
TEATRO OFICINA. Os Sertões / O Homem I: o pré-homem à revolta (programa da peça). São Paulo: Teatro Oficina: 2006.
TEATRO OFICINA. Os Sertões / O Homem II: da revolta ao trans-homem (programa da peça). São Paulo: Teatro Oficina: 2006.
TEATRO OFICINA. Os Sertões / A Luta: primeira parte – 1a, 2a. e 3a. expedições + Rua do Ouvidor (programa da peça). São Paulo: Teatro Oficina: 2006.
TEATRO OFICINA. Os Sertões / A Luta: segunda parte – O desmassacre (programa da peça). São Paulo: Teatro Oficina: 2006.



