OS SERTÕES DO GRUPO OFICINA

ANTES DE TUDO UM TEAT(R)O POLÍTICO

Autores

  • Patrícia Mc Quade Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.16.1.120-137

Palavras-chave:

Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa, política, arte, identidade cultural

Resumo

O presente ensaio desenvolve uma reflexão sobre a leitura que José Celso Martinez Corrêa fez da personagem Euclides da Cunha e de sua obra Os sertõescomo uma expressão de ato político. A peça é dividida em cinco partes: A Terra, O Homem I, O Homem II, A Lutas I e A Luta II – cada uma sendo apresentada em um dia e somando um total de quase 30h de apresentação espetacular. O texto dramatúrgico/espetacular de José Celso é considerado neste estudo como uma leitura/concepção de Os sertões de Euclides da Cunha e, como tal, reproduz todas as suas contradições e particularidades teatrais do grupo ao longo de sua trajetória de mais de 50 anos de atuação.

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Biografia do Autor

  • Patrícia Mc Quade, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
    Mestre em Letras: Estudos Literários - UFMG

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Publicado

2010-04-30

Edição

Seção

Em Tese