O ARQUIVO EM METAMORFOSE
RICARDO REIS É RECONSTRUÍDO POR SARAMAGO
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.14..117-122Palavras-chave:
Arquivo, Ricardo Reis, José Saramago, Derrida, autorResumo
O presente trabalho tem por finalidade sugerir uma hipótese de leitura da obra O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago, a partir da metáfora da ida do escritor ao arquivo, do qual ele recolhe elementos, para usá-los em sua obra. A partir de leituras de autores como Jacques Derrida e Michel Foucault, em Mal de arquivo: uma impressão freudiana e Arqueologia do saber, respectivamente, pretende-se mostrar que o autor não se limita a uma postura passiva frente ao arquivo, mas sempre lhe acrescenta algo. Na obra de Saramago supracitada, tentase mostrar isso mediante o processo de historicização e humanização sofrido pelo heterônimo de Fernando Pessoa. Mediante isso, estende-se a proposta de se repensar a noção de arquivo, conforme já sugerida por Derrida, não sendo este encarado como um “lugar” fechado, mas como uma instância sempre em aberto, sujeita a constantes visitações, modificações e acréscimos.Downloads
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Referências
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Trad. Claudia de Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3. ed. Curitiba: Positivo, 2004.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe B. Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
SARAMAGO, José. Cadernos de Lanzarote. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.



