OS VÉUS DA ESCRITA AUTOBIOGRÁFICA EM JACQUES DERRIDA
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.14..27-38Palavras-chave:
Jacques Derrida, autobiografia, VoilesResumo
Este artigo objetiva fazer uma leitura de algumas figuras do livro Voiles, de Jacques Derrida. As referências à vida marcam toda a retórica desse texto, avizinhando-se do autobiográfico ao comentar um texto supostamente autobiográfico (no caso, a narrativa Un ver à soie, de Hélène Cixous, também contida no livro), acentuando a possibilidade e a impossibilidade desse registro. As cenas que remontam à “verdade” da existência trazem à tona paradoxalmente o limite ficcional que as atravessa. Essa aporia é marcada tanto pela concepção quanto pela dramatização de que em todo texto “existe um segredo”. Porém, como está tematizado em Paixões, o segredo não é de ordem fenomenológica, ou mesmo psicanalítica; não é um fenômeno que possa ser desvendado nem que possa ser desmistificado pelo outro.Downloads
Referências
BARTHES, Roland. Lé degré zéro de l’écriture. In:___. Œuvres complètes. Livres, textes, entretiens. Paris: Seuil, 2002. t. I.
DERRIDA, Jacques. Glas. Paris: Galilée, 1974.
DERRIDA, Jacques. Feu la cendre. Cio che resta del fuoco. Paris: Éditions des Femmes, 1987.
DERRIDA, Jacques. Mémoires d’aveugle. L’autoportrait et autres ruines. Paris: Réunion des Musées Nationaux, 1990.
DERRIDA, Jacques. Le monolinguisme de l’autre. Paris: Galilée, 1996.
DERRIDA, Jacques. Voiles (avec Hélene Cixous). Paris: Galilée, 1998.
DERRIDA, Jacques. La contre-allée (avec Catherine Malabou). Paris: La Quinzaine Littéraire/Louis Vuitton, 1999a.
DERRIDA, Jacques. Donner la mort. Paris: Galilée, 1999b.
DERRIDA, Jacques. La connaissance des textes. Lecture d’un manuscrit illisible (avec Simon Hantaï e Jean Luc Nancy). Paris: Galilée, 2001.
MICHAUD, Ginette. Tenir au secret (Derrida, Blanchot). Paris: Galilée, 2006.



