Visão de mundo e bifocalidade em Faïza Guène e Junot Diaz

Autores

  • Letícia Ritter de Abreu Valença Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Dionei Mathias Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.26.3.204-217

Palavras-chave:

Faïza Guène, Junot Diaz, maternidade, sexualidade

Resumo

Traçando um paralelo entre Doria e Lola, protagonistas respectivamente de Amanhã, numa boa (2006), de Faïza Guène e A Fantástica vida breve de Oscar Wao (2009) de Junot Díaz, este estudo analisa o relacionamento materno e o despertar da sexualidade, em duas personagens do contexto de fluxos migratórios. Com base nos conceitos de mundividência de Carlos Reis e de bifocalidade de Steven Vertovec, este artigo discute as modalidades de interação entre mãe e filha, isto é, entre primeira e segunda geração de atores sociais, com uma história de migração. Na primeira parte, a atenção se volta para os conflitos entre mãe e filha e para o modo como elas adaptam suas visões de mundo, a fim de concretizar suas existências, respectivamente na França e nos Estados Unidos. Na segunda parte, o foco recai sobre a experiência do despertar da sexualidade e o modo como a mãe marroquina de Doria e a progenitora dominicana de Lola influenciam essa etapa da vida de suas filhas.

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Biografia do Autor

  • Letícia Ritter de Abreu Valença, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

    Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM (Santa Maria - RS).

  • Dionei Mathias, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

    Doutor em Letras pela Universität Hamburg (Hamburgo - DE) e pela UFPR (Curitiba - PR). Professor do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM (Santa Maria - RS).

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Publicado

2021-06-22

Edição

Seção

Teoria, Crítica Literária, outras Artes e Mídias