Justiça e Lei em "Infância", de Graciliano Ramos

Autores

  • Bruno Henrique Alvarenga Souza Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.23.2.208-224

Palavras-chave:

Graciliano Ramos, memória, justiça

Resumo

Este artigo tem por proposta investigar a formulação e funcionamento dos conceitos de Justiça e de Lei em Infância, de Graciliano Ramos. Entendendo que há no livro de memórias uma bifurcação fundamental que percorre os dois termos, buscamos compreender a postura ético-literária que ela evidencia na obra do escritor alagoano, mediante a colocação do texto em contato com a elaboração filosófica de alguns autores em torno da temática jurídica. Desse modo, tomaremos como interlocutores filósofos como Comte-Sponville, Nicola Abbagnano, Friedrich Nietzsche e Gilles Deleuze para explorar questões como a virtude da justiça, a violência da instância jurídica e a relação entre desejo e lei.

 

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Biografia do Autor

  • Bruno Henrique Alvarenga Souza, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
    Doutorando em Estudos Literários pela UFMG. Mestre em Estudos Literários pela UFMG. Graduado em Psicologia Clínica pela PUC-MG.

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Publicado

2018-05-25