As simbólicas viagens de barco em três romances de Mia Couto
a direção da morte
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.21.2.168-185Palavras-chave:
Mia Couto, Teorias do Imaginário, Literatura Africana, Simbologia de BarcosResumo
Buscar, nos meandros de três romances do escritor moçambicano Mia Couto, quaisquer referências a barcos, barcas, naus, navios, canoas (enfim, a transportes aquáticos em geral) e perceber como a simbologia referente à viagem pela água do mundo dos vivos ao mundo dos mortos (ou dos mortos para o dos vivos) e aos barqueiros da morte relaciona-se com e enriquece tais narrativas são os principais objetivos desta pesquisa. Assim, os textos literários a formarem o corpus do presente estudo são Terra sonâmbula, O outro pé da sereia e A confissão da leoa – cada volume representando uma década da produção do autor, uma vez que os livros foram publicados em 1992 (seu primeiro romance), 2006 e 2012, respectivamente. Já a teoria do trabalho embasa-se, principalmente, nas obras do antropólogo Gilbert Durand, do filósofo Gaston Bachelard e do teórico das religiões Mircea Eliade, no que diz respeito às questões relacionadas ao imaginário e a seu funcionamento.
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Referências
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