Uma leitura de escrita traumática em duas dramaturgias contemporâneas brasileiras
“Agreste” e “BR-3”
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.21.2.136-146Palavras-chave:
dramaturgia contemporânea, errância, luto, identidade, territórioResumo
O presente texto enseja apresentar uma parcela da reflexão proposta no trabalho de dissertação intitulado “Imaginário errante: deslocamento espaço-tempo e dramaturgia contemporânea”. Focalizando uma produção dramática que, mais propriamente a partir da década de 1990, explora a ficcionalidade da errância, com seus personagens em constante trânsito, destacam-se aqui os textos Agreste (2004), de Newton Moreno, e BR-3 (2005), de Bernardo Carvalho, numa investigação a respeito da forma literária/dramática em sua relação com o deslocamento a partir de termos correspondentes como errância. A violência e a manutenção de uma memória repetida serão elementos que definirão em tais textos sua relação com o referente de enunciação urbano, tal qual, de sua abertura à questão das identidades subjetiva e nacional.Downloads
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