Uma leitura de escrita traumática em duas dramaturgias contemporâneas brasileiras

“Agreste” e “BR-3”

Autores

  • Thiago Henrique Fernandes Pereira Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.21.2.136-146

Palavras-chave:

dramaturgia contemporânea, errância, luto, identidade, território

Resumo

O presente texto enseja apresentar uma parcela da reflexão proposta no trabalho de dissertação intitulado “Imaginário errante: deslocamento espaço-tempo e dramaturgia contemporânea”. Focalizando uma produção dramática que, mais propriamente a partir da década de 1990, explora a ficcionalidade da errância, com seus personagens em constante trânsito, destacam-se aqui os textos Agreste (2004), de Newton Moreno, e BR-3 (2005), de Bernardo Carvalho, numa investigação a respeito da forma literária/dramática em sua relação com o deslocamento a partir de termos correspondentes como errância. A violência e a manutenção de uma memória repetida serão elementos que definirão em tais textos sua relação com o referente de enunciação urbano, tal qual, de sua abertura à questão das identidades subjetiva e nacional.

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Biografia do Autor

  • Thiago Henrique Fernandes Pereira, Universidade de São Paulo (USP)

    Mestrando em Letras pelo programa de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2016-01-29

Edição

Seção

Teoria, Crítica Literária, outras Artes e Mídias