Notas sobre a manifestação da alteridade em A menina morta, de Cornélio Penna
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.18.3.17-30Palavras-chave:
Nação, memória, minoria, alteridadeResumo
O presente artigo analisa o romance A menina morta, de Cornélio Penna, focalizando as relações de gênero e etnia. A reflexão concebe a emergência dos grupos minoritários como lugares de enunciação capazes de instaurar outras temporalidades relacionadas com suas experiências sociais, estabelecendo a heterogeneidade e fissurando a homogeneidade da nação.
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