Notas sobre a manifestação da alteridade em A menina morta, de Cornélio Penna

Autores

  • Guilherme Zubaran de Azevedo Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.18.3.17-30

Palavras-chave:

Nação, memória, minoria, alteridade

Resumo

O presente artigo analisa o romance A menina morta, de Cornélio Penna, focalizando as relações de gênero e etnia. A reflexão concebe a emergência dos grupos minoritários como lugares de enunciação capazes de instaurar outras temporalidades relacionadas com suas experiências sociais, estabelecendo a heterogeneidade e fissurando a homogeneidade da nação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Guilherme Zubaran de Azevedo, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

    Mestre em Teoria da Literatura Letras / PUCRS 

Referências

ACHUGAR, Hugo. Weltliteratur ou cosmopolitismo, globalização, “literatura mundial” e outras metáforas problemáticas. In: ACHUGAR, Hugo. Planetas sem boca. Trad. Lyslei Nascimento. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006. p. 65-80.

AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo. In: AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo e outros ensaios. Trad. Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó, SC: Argos, 2009. p. 55-77.

BARTHES, Roland. O prazer do texto. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2008.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Obras escolhidas, v. I.)

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucio Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

BORGES, Jorge Luís. Ficções. Trad. Davi Arrigucci Júnior. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

CARVALHAL, Tania. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Trad. Vera Casa Nova e Márcia Arbex. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.

FOUCAULT, Michel. A microfísica do poder. Trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. São Paulo: Global, 2004.

LIMA, Luís Costa. O romance em Cornélio Penna. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005.

JAMESON, Fredric. Third World Literature in the Era PF Multinational Capitalism. Social Text, New York, n. 15, p. 65-88, Fall 1986.

MIGNOLO, Walter. A razão pós-ocidental. In: MIGNOLO, Walter. Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento limiar. Trad. Solange Oliveira. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003. p. 133-180.

MIRANDA, Wander Melo. Nações literárias. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2010.

MIRANDA, Wander Melo. Heterogeneidade e conciliação em Alencar: In: MIRANDA, Wander Melo. Nações

literárias. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2010. p. 25-33.

OTTE, Gorg. Linha, choque e mônada: tempo e espaço na obra tardia de Walter Benjamin. Tese (Doutorado em Estudos Literários) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1994.

PENNA, Cornélio. A menina morta. Curitiba: RM Editores, 2009.

PIGLIA, Ricardo. Memoria y traición. Anais do 2º Congresso Abralic. Belo Horizonte: UFMG, 1991. V. 1.

RAMA, Ángel. Os processos de transculturação na narrativa latino-americana. In: RAMA, Ángel. Literatura e cultura na América Latina. Org. Flávio Aguiar e Sandra G. T. Vasconcelos. São Paulo: Edusp, 2001.

SANTIAGO, Silviano. O entre-lugar do discurso latino-americano. In: SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. p. 9-26.

SANTOS, Josalba Fabiana. Fronteiras da nação em Cornélio Penna. Tese (Doutorado em Estudos Literários) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. Catástrofe, história e memória em Walter Benjamin e Chris Marker: a escritura da memória. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. (Org.). História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2003. p. 391-417.

SCHWARZ, Roberto. Nacional por subtração. In: SCHWARZ, Roberto. Que horas são? Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 29-48.

SCHWARZ, Roberto. Ao Vencedor as batatas: fora literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.

SCHWARZ, Roberto. Por que “ideias fora do lugar”. In: SCHWARZ, Roberto. Martinha versus Lucrécia: ensaios e entrevistas. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 165-172.

SOMMER, Doris. Ficções de fundação: os romances nacionais da América Latina. Trad. Gláucia Renate Gonçalves e Eliana Lourenço de Lima Reis. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.

SOUZA, Eneida Maria de. Crítica cult. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.

SPITTA, Silvia. Traición y transculturación: los desgarramientos del pensamento latinoamericano. In: MORAÑA, Mabel. Angel Rama y los estudios latinoamericanos. Pittsburgh: Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana, 1997. p. 174-191.

SÜSSEKIND, Flora. Tal Brasil, qual romance? Rio de Janeiro: Achiamé, 1984.

Downloads

Publicado

2012-12-31

Edição

Seção

Em Tese