SEX/GENDER IN THE CONSTITUTION OF SOCIAL NORMS OF KNOWLEDGE CONSTRUCTION IN BIOLOGY CLASSES

SEXO/GÊNERO NA CONSTITUIÇÃO DE NORMAS SOCIAIS DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM AULAS DE BIOLOGIA

Autores

  • Carolina Moraes Martins de Barros Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-5565-486X
  • Eloisa Cristina Gerolin Secretaria de Educação do Município de São Paulo / Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-9382-3812
  • Maíra Batistoni e Silva Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo / Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-5490-1862

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21172022240149

Palavras-chave:

sexo/gênero, equidade, aprendizagem epistêmica

Resumo

Na educação em ciências, diferentes autores apontaram a importância de pensar como sexo/gênero pode ser incorporado às pesquisas e às práticas didáticas, visando a superação de desigualdades. Tendo como contexto aulas de biologia no ensino médio, analisamos as interações de um grupo de estudantes para compreender como sexo/gênero influenciam as normas sociais de construção do conhecimento. Encontramos evidências que indicam desequilíbrio na igualdade moderada dos integrantes do grupo, sendo mais valoradas as contribuições dos meninos cis. O uso dos padrões públicos de análise garantiu a visibilidade e aceitação dos argumentos das meninas cis. Discutimos como o reconhecimento de que as normas sociais de construção do conhecimento em sala de aula são influenciadas por sexo/ gênero pode contribuir para pesquisas sobre aprendizagem epistêmica, assim como auxiliar docentes no estabelecimento de práticas que contribuam para a construção de um ambiente equitativo para a aprendizagem epistêmica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Belenky, M. F., Clinchy, B. M., Goldberger, N. R., & Tarule, J. M. (1986). Women’s ways of knowing: The development of self, voice, and mind. Basic Book.

Bloome, D., Carter, S. P., Christian, B. M., Madrid, S., Otto, S., Shuartfaris, N., & Smith, M. (2008). Discourse analysis in classrooms: Approaches to language and literacy research. Teachers College Press.

Brotman, J. S., & Moore, F. M. (2008). Girls and science: A review of four themes in the science education literature. Journal of Research in Science Teaching, 45(9), 971-1002. https://doi.org/10.1002/tea.20241.

» https://doi.org/10.1002/tea.20241

Butler, J.(2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Editora Civilização Brasileira.

Butler, J. (2022). Desfazendo gênero (1ª ed.). Editora Unesp.

Carvalho, F. A. (2021). Marcando passos, a(r)mando lutas: O(s) feminismo(s) e outras “bio-logias” na compreensão dos gêneros e sexualidades. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, 14(1), 427-452. https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.480.

» https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.480

Duschl, R. A. (2008). Science education in three-part harmony: Balancing conceptual, epistemic and social learning goals. Review of Research in Education, 32(1), 268-291. https://doi.org/10.3102/0091732X07309371.

» https://doi.org/10.3102/0091732X07309371

Franco, L. G., & Munford, D. (2023). Gênero nas aulas de ciências: uma análise de aprendizagem conceitual. Educação em Revista, 39(39), e39220. https://doi.org/10.1590/0102-469839220.

» https://doi.org/10.1590/0102-469839220

Fausto-Sterling, A. (2019). Gender/sex, sexual orientation, and identity are in the body: How did they get there? The Journal of Sex Research, 00(00), 1-27. https://doi.org/10.1080/00224499.2019.1581883.

» https://doi.org/10.1080/00224499.2019.1581883

Gedoz, L., Pereira, A. P., & Pavani, D. B. (2020). Maneiras de conhecer e implicações para a equidade de gênero na educação em ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 20(u), 775-798. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u775798.

» https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u775798

Gerolin, E. C. (2017). Práticas epistêmicas, comunidades epistêmicas de práticas e o conhecimento biológico: análise de uma atividade didática sobre dinâmica de crescimento populacional. 157 f. Dissertação (mestrado), Programa Interunidades de Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo.

Heerdt, B., Santos, A. P., Ferreira, M. F., Anjos, M., Swiech, J., & Banckes, T. (2018). Gênero no ensino de ciências publicações em periódicos no Brasil: o estado de conhecimento. Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática, 2(2), 217-241. https://doi.org/10.33238/ReBECEM.2018.v.2.n.2.20020

» https://doi.org/10.33238/ReBECEM.2018.v.2.n.2.20020

Harding, S. (1986). The science question on feminism Cornell University Press.

Kelly, G. J. (2004). Discourse, description, and science education. In: Yerrick, R., & Roth, W. M. (Eds.) Establishing scientific classroom discourse communities Routledge.

Kelly, G. J. (2023). Qualitative research as culture and practice. In: Lederman, N. G., Zeideler, D. L., & Lederman, J. S. (Eds.) Handbook of Research on Science Education Routledge.

Ko, M. M., & Krist, C. (2019). Opening up curricula to redistribute epistemic agency: A framework for supporting science teaching. Science Education, 103(4), 979-1010. https://doi.org/10.1002/sce.21511.

» https://doi.org/10.1002/sce.21511

Lima, P. J.; Ostermann, F., & Rezende, F. (2010). Liderança e gênero em um debate acadêmico entre graduandos em Física. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, 10(1). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/3990

» https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/3990

Longino, H. (1990). Science as a social knowledge: Values and objectivity in scientific inquiry. (1st ed.). Princeton University Press.

Longino, H. (2002). The fate of knowledge (1st ed.). Princeton University Press.

Louro, G. L. (2000). O corpo educado: Pedagogias da sexualidade (org.). Tradução dos artigos: Tomaz Tadeu da Silva. Editora Autêntica.

Louro, G. L. (2001). Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. (4ª ed.). Editora Vozes.

Nascimento, L., & Sasseron, L. (2019). A constituição de normas e práticas culturais nas aulas de ciências: Proposição e aplicação de uma ferramenta de análise. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 21, e10548. https://doi.org/10.1590/1983-21172019210104.

» https://doi.org/10.1590/1983-21172019210104

Preti, D. (1999). O discurso oral culto (org.). (2ª ed.). Humanitas Publicações.

Santos, R. F., & Gianella, T. R. (2021). Diálogos sobre diversidade: Discutindo corpo e gênero na escola. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, 14(1), 232-250. https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.511.

» https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.511

Stroupe, D. (2014). Examining classroom science practice communities: How teachers and students negotiate epistemic agency and learn science-as-practice. Science Education, 98(3), 487-516. https://doi.org/10.1002/sce.21112.

» https://doi.org/10.1002/sce.21112

Ribeiro, V. A., Barcellos, L. S., & Coelho, G. R. (2021). A constituição de normas e práticas científicas em uma aula de física com enfoque histórico e investigativo. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 38(2), 945-964. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e72683.

» https://doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e72683

Santos, S. P., Souza, M. L. de., & Bastos, F. (2021). Apresentação. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, 14(1), 5-11. https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.604.

» https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.604

Silva, M. B. (2015). A construção de inscrições e seu uso no processo argumentativo em uma atividade investigativa de biologia Tese (doutorado). 253 f. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Silva, M. B., Gerolin, E. C., & Trivelato, S. (2017). Práticas epistêmicas no ensino de biologia: Constituição de uma comunidade de práticas em uma atividade investigativa. Enseñanza de las Ciencias, v. extra, 3933-3938.

Silva, M. B., Gerolin, E. C., & Trivelato, S. (2018). A importância da autonomia dos estudantes para a ocorrência de Práticas Epistêmicas no ensino por investigação. Revista Brasileira de Pesquisa Educação em Ciências, 18(3), 905-933. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2018183905.

» https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2018183905

Valois, R. S., & Sasseron, L. H. (2021). Comunidades de prática locais do ensino de ciências: Proposição de uma ferramenta de análise. Investigações em Ensino de Ciências, 26(3), 181-194. https://doi.orhg/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n3p181.

» https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n3p181

Publicado

2023-10-24

Edição

Seção

RELATOS DE PESQUISAS / RESEARCH REPORTS