REPRESENTATIVENESS OF MYCOLOGY IN INITIALTRAINING IN BIOLOGICAL SCIENCES: A DOCUMENTARYANALYSIS OF SYLLABI AND TEACHING MATERIALS
REPRESENTATIVIDADE DA MICOLOGIA NA FORMAÇÃOINICIAL EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: UMA ANÁLISEDOCUMENTAL DE EMENTAS E MATERIAIS DIDÁTICOS
DOI:
https://doi.org/10.1590/Palavras-chave:
Ensino de Biologia, Fungos, Capacitação ProfissionalResumo
Historicamente, a Micologia ou Biologia dos Fungos se construiu com base na Botânica e com forte influência de outras áreas, como a Microbiologia. Tal construção está refletida na estrutura de cursos de formação inicial em Ciências Biológicas. Nesta perspectiva, esta pesquisa buscou investigar a representatividade do conteúdo relacionado à Micologia no conhecimento biológico na formação inicial em Ciências Biológicas. Realizamos análise documental de ementas de disciplinas da área e de materiais utilizados como referências bibliográficas em universidades estaduais de São Paulo. Os resultados evidenciaram ausência de disciplinas específicas para os fungos, bem como, inespecificidade dos materiais indicados na bibliografia. Concluímos que, para superar essas lacunas, há a necessidade de incluir disciplinas específicas de Micologia em cursos de formação inicial e fomentar a integração de conhecimentos com disciplinas como Ecologia e Evolução. Ainda, faz-se necessário o estímulo à produção de materiais didáticos com enfoque nas especificidades do grupo dos fungos.
Referências
Alexopoulos, C. J., Mims, C. W., & Blackwell, M. (1996). Introductory mycology (4th ed.). John Wiley & Sons, Inc.
Bandeira, D. (2009). Material didático: conceito, classificação geral e aspectos da elaboração. In D. Bandeira (Ed.), Materiais didáticos (pp. 13-33). IESDE.
Black J. G., & Black, L. J. (2021). Microbiologia: fundamentos e perspectivas (10a ed.). Guanabara Koogan.
Bononi, V. L. R. (Org.). (1998). Zigomicetos, basidiomicetos e deuteromicetos: noções básicas de taxonomia e aplicações biotecnológicas. Instituto de Botânica, Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Brusca, R.C., Moore, W. & Shuster, S.M. (2018). Invertebrados(3rd ed.). Guanabara Koogan.
Caldeira, A. M. A., & Bastos, F. (2009). A didática como área do conhecimento. In A. M. A. Caldeira, & E. S. N. N. de Araujo (Orgs.), Introdução à didática da biologia (Vol. 10, pp. 13-33). Escrituras.
Carlile, M. J., Watkinson, S. C., & Gooday, G. W. (2001). The fungi (2nd ed.). Academic Press.
Carvalho, G. S. (2009). A transposição didática e o ensino de biologia. In A. M. A. Caldeira & E. S. N. N. de Araujo (Orgs.), Introdução à didática da biologia (Vol. 10, pp. 34-57). Escrituras.
Carvalho, Í. N. de, El-Hani, C. N., & Nunes-Neto, N. (2020). How should we select conceptual content for biology high school curricula? Science and Education, 29, 513-547. https://doi.org/10.1007/s11191-020-00115-9
» https://doi.org/10.1007/s11191-020-00115-9
Ceschim, B., Ganiko-Dutra, M., & Caldeira, A. M. A. (2020). Relação pensamento-linguagem e as distorções conceituais no ensino de biologia. Ciência e Educação, 26 e 20068. https://doi.org/10.1590/1516-731320200068
» https://doi.org/10.1590/1516-731320200068
Chevallard, Y. (1998). La transposición didáctica: del saber sabio al saber enseñado. Aique.
Esposito, E., & Azevedo, J. L. (2010). Fungos: uma introdução à biologia, bioquímica e biotecnologia (2a ed.). Educs.
Estrela, K. B., Weiser, V. de L., & Ganiko-Dutra M. (2023). Quais são as áreas de atuação em micologia? Percepções de estudantes da formação inicial em ciências biológicas. Ciência e Educação, 29 e23032. https://doi.org/10.1590/1516-731320230032
» https://doi.org/10.1590/1516-731320230032
Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa (3a ed.). Artmed.
Fourez, G. (1995). O método científico: a ciência como disciplina intelectual. In G. Fourez, A construção das ciências(pp. 103-143). Editora da Universidade Estadual Paulista.
Franceschini, I.M., Burliga, A.L. & Reviers, B. de. (2018). Algas: uma abordagem filogenética, taxonômica e ecológica. Artmed.
Ganiko-Dutra, M., & Caldeira, A. M. A. (2022, July 27-29). Delimitação da micologia como uma ciência autônoma [oral presentation]. In L. A. C. P. Martins, F. G. Arcanjo, T. B. Martins, & P. D. L. Navarro (Orgs.), Anais doEncontro de História e Filosofia da Biologia[Simpósio]. Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia (ABFHiB), Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Gatti, B. A. (2017). Didática e formação de professores: provocações. Cadernos de Pesquisa, 47(166), 1-15. https://doi.org/10.1590/198053144349
» https://doi.org/10.1590/198053144349
Grube, M., Gaya, E., Havard, K., Smith, A. M., Avery, S., Fernstand, S. J., Muggia, L., Martin, M. D., Eivindsen, T., Kõljalg, U., & Bendiksby, M. (2017). The next generation fungal diversity researcher. Fungal Biology Reviews, 31(3), 124-130. https://doi.org/10.1016/j.fbr.2017.02.001
» https://doi.org/10.1016/j.fbr.2017.02.001
Hawksworth, D., & Lücking, D. L. (2017). Fungal diversity revisited: 2.2 to 3.8 million species. Microbiology Spectrum, 5(4), 1-17. https://doi.org/10.1128/microbiolspec.funk-0052-2016
» https://doi.org/10.1128/microbiolspec.funk-0052-2016
Kirk, P. M., Cannon, P. F., Minter, D. W., & Stalpers, J. A. (2008). Dictionary of the fungi(10th ed.). CABI Europe.
Krasilchik, M. (2019). Prática de ensino de biologia (3a ed.). EDUSP.
Kuhar. F., Furci, G., Drechsler-Santos, E. R., & Pfister, D. (2018). Delimitation of Funga as a valid term for the diversity of fungal communities: the Fauna, Flora & Funga proposal (FF&F). IMA Fungus, 9(2), 71-74. https://doi.org/10.1007/BF03449441
» https://doi.org/10.1007/BF03449441
Lakoff, G., & Johnson, M. (2008). Metaphors we live by University of Chicago Press.
Largent, D. L. (1986). How to identify mushrooms to genus I: macroscopic features. Mad River Press Inc.
Libâneo, J. C. (2010). Didática e epistemologia: para além do embate entre a didática e as didáticas específicas. In P. I. Veiga (Org), Profissão Docente: novos sentidos, novas perspectivas (2a ed., pp. 59-88). Papirus.
Libâneo, J. C. (2013). Didática(2a ed.). Cortez.
Madigan, M. T., Martinko, J. M., Bender, K. S., Buckley, D. H., & Stahl, D. A. (2016). Microbiologia de Brock Artmed.
Margulis, L., & Schwartz, K. V. (2012). Cinco reinos: um guia ilustrado dos filos da vida na Terra. (3a ed.). Guanabara Koogan.
Moore-Landecker, E. (1996). Fundamentals of the fungi (4th ed.). Prentice Hall.
Niskanen, T., Lücking, R., Dahlberg, A., Gaya, E., Suz, L. M., Mikryukov, V., Liimatainen, K., Druzhinina, I., Westrip, J. R. S., Mueller, G. M., Martins-Cunha, K., Kirk, P., Tedersoo, L., & Antonelli, A. (2023). Pushing the frontiers of biodiversity research: unveiling the global diversity, distribution, and conservation of fungi. Annual Review of Environment and Resources, 48, 149-176. https://doi.org/10.1146/annurev-environ-112621-090937
» https://doi.org/10.1146/annurev-environ-112621-090937
Oliveira, E. C. (2003). Introdução à biologia vegetal (2a ed.). EDUSP.
Patton, M. Q. (2014). Qualitative research and evaluation methods (4th ed.). Sage Publications.
Pelczar, J. R., Michael, J., Chan, E. C. S., & Krieg, N. R. (1996). Microbiologia: conceitos e aplicações. (2a ed., Vol. 1). Makron Books.
Persijn, A. L. G. (2017). A micologia na formação de professores: uma análise das licenciaturas em ciências biológicas no estado de goiás [Dissertação de Mestrado Profissional, Universidade Federal de Goiás]. Repositório Institucional. https://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/484
» https://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/484
Putzke, J., & Putzke, M. T. L. (1998). Os reinos dos fungos (Vol. 1). Edunisc.
Raven, P. F., Evert, R. F. & Eichhorn, S. E. (2014). Biologia vegetal (8a. ed.). Guanabara Koogan.
Schünemann, B. L. B., Palacio, M., & Regio, N. C. (2021). O desconhecido reino dos fungos. In L. A. L. A. Araújo, & G. C. Vieira (Orgs.), Ensino de Biologia: uma perspectiva evolutiva/ volume II: biodiversidade e evolução (Vol. 2, pp. 233-270). Instituto de Biociências da UFRGS.
Senna, K. N., Ceschim, B., & Ganiko-Dutra, M. (2020). A organização do conteúdo biológico no processo de mediação didática. In A. M. A. Caldeira (Org.), Didática e epistemologia da biologia(pp. 251-279). Espelho D’Alma.
Smith, G. M. (1979). Botânica criptogâmica: algas e fungos. (3a ed., Vol. 1.). Fundação Calouste Gulbenkian.
Spatafora, J. W., Aime, C., Grigoriev, I. V., Martin, F., Stajich, J. E., & Blackwell. (2017). The fungal tree of life: from molecular systematics to genome‐scale phylogenies. Microbiology Spectrum, 5(5), 1-34. https://doi.org/10.1128/microbiolspec.funk-0053-2016
» https://doi.org/10.1128/microbiolspec.funk-0053-2016
Tedersoo, L., Sánchez-Ramírez, S., Kõljag, U., Bahram, M., Döring, M., Schigel, D., May, T., Ryberg, M., & Abarenkov, K. (2018). High-level classification of the fungi and a tool for evolutionary ecological analyses. Fungal Diversity 90(1), 135-159. https://doi.org/10.1007/s13225-018-0401-0
» https://doi.org/10.1007/s13225-018-0401-0
Tortora, G. J., Funke, B. R. & Case, C. L. (2017). Microbiologia (12a ed.). Artmed.
Trabulsi, L. R. & Alerthum, F. (2008). Microbiologia (5a ed.). Atheneu.
Turland, N. J., Wiersema, J. H., Barrie, F. R., Greuter, W., Hawksworth, D. L., Herendeen, P. S., Knapp, S., Kusber, W.-H., Li, D. Z., Marhold, K., May, T. W., McNeill, J., Monro, A. M., Prado, J., Price, M. J., & Smith, G. F. (Eds.) (2018). International Code of Nomenclature for algae, fungi, and plants (Shenzhen Code) adopted by the Nineteenth International Botanical Congress Shenzhen, China, July 2017 Regnum Vegetabile(Vol. 159). Koeltz Botanical Books. https://doi.org/10.12705/Code.2018
» https://doi.org/10.12705/Code.2018
Urry, L. A., Cain, M. L., Wasserman, S. A., Minorsky, P. V. & Orr, R. B. (2022). Biologia de Campbell (12a ed.). Artmed.
Vermelho, A. B., Pereira, A. F., Coelho, R. R. R. & Souto-Padrón, T. (2019). Práticas de microbiologia (2a ed.). Guanabara Koogan.
Whittaker, R. H. (1959). On the broad classification of organisms. The Quarterly Review of Biology, 34(3), 210-226.
Whittaker, R. H. (1969). New concepts of kingdoms of organisms: evolutionary relations are better represented by new classifications than by the traditional two kingdoms. Science, 163(3863), 150-160. https://doi.org/10.1126/science.163.3863.150
» https://doi.org/10.1126/science.163.3863.150
Xavier-Filho, L., Legaz, M. E., Vicente-Córdoba, C., & Pereira, E. C. (2006). Biologia de líquens Âmbito Cultural.