Education for ethnic-racial relations: an essay on subalternized alterities in the physical sciences.

EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICORACIAIS: UM ENSAIO SOBRE ALTERIDADES SUBALTERNIZADAS NAS CIÊNCIAS FÍSICAS

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21172022240122

Keywords:

Ensino e Divulgação de Astronomia e de Física; ERER; Educação Escolar Quilombola; Leis 10.639/11.645 e Racismo.

Abstract

One of the great challenges of anti-racist education in Brazil is to be designed and implemented in areas that are outside of the ethnic-racial discussion. This essay brings critical reflections on how education for ethnic-racial relations can help to foster, strengthen and make visible subalternized alterities in the physical sciences. We discuss striking cases of ethnic-racial conflicts in Brazil and in the United States behind the installation of observatories, a hydroelectric power plant and a rocket launching base, interpreted as elements of development in the context of the Modern and Contemporary Science Project, but which, alternatively, rescue the tensions between Tradition and Scientific Reason. We argue from a historical, philosophical and epistemological point of view, seeking to justify and encourage the discussion and implementation of Laws 10.639, 11.645 and the National Curriculum Guidelines for Quilombola School Education in basic and higher education science.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Alves-Brito, A. (2021a). Educação escolar quilombola: desafios para o ensino de Física e Astronomia. Plurais Revista

Multidisciplinar, 6(2), p. 60-80.

Alves-Brito, A. (2021b). Cosmologias racializadas: processos políticos e educativos anti(racistas) no ensino de Física e

Astronomia. Roteiro. [S. l.], v. 46, p. e26279, 20.

Alves-Brito, A. (2021c). Astro-antropo-LÓGICAS: oriki das matérias (in)visíveis. Porto Alegre: Marcavisual.

Alves-Brito, A. (2020). Os corpos negros: questões étnico-raciais, de gênero e Suas intersecções na Física e na Astronomia

Brasileira. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), [S.l.], v. 12, n. 34, p. 816-840.

Alves-Brito, A.; Cortesi, A. (2020). Complexidade em Astronomia e Astrofísica. Revista Brasileira de Ensino de Física,

vol. 43, suppl. 1, p. E20200418.

Ani, M. (1994). Yurugu: An African-Centered Critique of European Cultural Thought and Behavior. EUA: Africa World Press.

Anteneodo, C.; Brito, C.; Alves-Brito, A.; Alexadnre, S. S., Menezes, D. (2020). Brazilian physicists community

diversity, equity, and inclusion: A first diagnostic. Physical Review Physics Education Research, v. 16, n. 1, p. 1–13.

Bell, D. A. (1992). Faces at the bottom of the well:the permanence of racism. New York: Basic Books.

Bezerra, L. B. (2020). Concepção de Observatório Solar Integrada na Comunicação em Ciência. Tese de Doutorado.

Universidade do Porto.

Bimwenyi-Kweshi. (1981). Discorus théologique négro-africain: Problèmes des fondements. Paris: Présence africaine, 1981.

Brasil (2012). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola. Ministério da Educação. Conselho

Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB nº 16/2012.. Diário Oficial da União, Brasília, DF, dezembro 2012.

Carneiro, A. S. (2005). A Construção do Outro Como Não-Ser Como Fundamento do Ser. (Tese). São Paulo: USP.

Collaço, Y. (2021). De Pinochet até a Nova Constituinte: O Processo de Justiça de Transição Chileno. Trabalho de Final

de Curso. UFSC, Brasil.

Delgado, R.; Stefancic, J. (2021). Teoria crítica da Raça: uma introdução. São Paulo: Editora Contracorrente.

Evaristo, C. (2020). Escrevivência e seus subtextos. In: Duarte, C. L.; Nunes, I. R.. Escrevivência: a escrita de nós –

reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte.

Ferreira, G. K., Custódio, J. F. (2021). Cenários do Debate sobre a Natureza da Ciência nos Cursos de Licenciatura em

Física no Brasil. Caderno Brasileiro de Ensino de Física. Vol. 38, No. 2, p. 1022-1066.

Fleury, L. C.; Almeida, J. (2013). A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte: o conflito ambiental e o dilema

do desenvolvimento. Ambiente & Sociedade. Vol. 16, n. 4, p. 141-156.

Gomes, N.L. (2017). O movimento negro educador: Saberes construídos nas lutas por emancipação. São Paulo: Editora Vozes.

Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras.

Kopenawa, D.; Bruce, D. (2015). A queda do céu: palavras de uma xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras.

Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. (1996). Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Diário Oficial

da União. Brasília: MEC.

Lei 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. (2003). Altera a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece o estudo

da História e da Cultura Africana e Afro-Brasileira. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, Brasil.

Lei 11.645/08, de 10 de Março de 2008. (2008) Altera a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece o estudo da

História e da Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, MEC.

López, A. (2018). Peoples knocking on heaven’s doors: conflicts between international astronomical projects and local

communities. Mediterranean Archaeology and Archaeometry, Vol. 18, No 4, p. 439-446.

Lightman, B. A. (2016). Companion to the history of science. John Wiley & Sons Ltd.

Maldonado-Torres, N. (2018). Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In:

Bernardino, C. ; Maldonado-Torres, S., Grosfoguel, R. (Orgs.) Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo

Horizonte; Editora Autêntica.

Mbembe, A. (2017). Crítica da razão negra. Antígona. Lisboa, Portugal. 2a Edição.

MEC (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Secretaria da Educação Básica.

Mignolo, W. (2000). Local Histories/Global Designs. Coloniality, Subaltern Knowledges and Border Thinking. Princeton

and Oxford. Princeton University Press.

Moreira, A. (2020), A. Tratado do Direito Discriminatório. São Paulo: Editora Contracorrente.

Munanga, K. (2019). Negritude, usos e sentidos. 4a edição. Belo Horizonte. Autêntica.

Munduruku, D. (2012). O caráter educativo do movimento indígena brasileiro (1970-1990). São Paulo: Paulinas.

Nascimento, B. (2008). O conceito de quilombo e a resistência afro-brasileira. In: Nascimento, Elisa. L. (Org.). Cultura

em movimento: matrizes africanas e ativismo negro no Brasil. São Paulo: Selo Negro.

Oliveira, A. C. de; Alves-Brito, A.; Massoni, N. T. (2021). Education for ethnic-racial relations in Brazil’s physics and astronomy

teaching: mapping the professional master productions (2003-2019). Alexandria: R. Educ. Ci. Tec., 14(2), p. 305-330.

Pinheiro, B. C., Rosa, K. (Orgs.) (2018). Descolonizando saberes: a Lei 10.639/2003 no ensino de ciências. São Paulo:

Editora Livraria da Física.

Pires, A. S. T. (2008). Evolução das Ideias da Física. São Paulo: Editora Livraria da Física.

Quijano, A. (1997). Colonialidad del poder, cultura y conocimiento en América Latina. Anuario Mariateguiano, 9,

n. 9, 113-121.

Quijano, A. (2010). Colonialidade do Poder e Classificação Social In: Santos, B. S.; Meneses, M. P. (Orgs.) Epistemologias

do Sul. São. Paulo; Editora Cortez.

Rosa, K.; Alves-Brito, A.; Pinheiro, B. C. S. (2020). Pós-verdade para quem? Fatos produzidos por uma ciência racista.

Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v.37, 3, p. 1440-1468.

Rosa, K.; da Silva, M.; (2015). Feminismos e ensino de ciências: análise de imagens de livros didáticos de Física. Revista

Gênero, v.16, 1, p. 83-104.

Saar, F. (2021). Afrotopia. São Paulo: n-1 Edições.

Salazar, J. (2014). Multicultural settler colonialism and indigenous struggle in Hawaiʻi: the politics of Astronomy on

Mauna A Wākea. Tese de Doutorado. University Of Hawaiʻi At Mānoa.

Santos, A. B. (2015). Colonização, quilombos: modos e significações. CNPq. Brasília.

Schwarcz, L. M.; Starling, H. M. (2015). Brasil, uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras.

Serejo Lopes, D. da C. (2020). A atemporalidade do colonialismo: contribuições para entender a luta das comunidades

quilombolas de Alcântara e a base espacial. Editora UEMA/PPGCSPA/ PNCSA: São Luís.

Slovinscki, L., Alves-Brito, A. A; Massoni, N. T. (2021). A Astronomia em currículos da formação inicial de professores

de Física: uma análise diagnóstica. Revista Brasileira de Ensino de Física. 43 (e20210173), 1-20.

Sodré, M. (2005). A verdade seduzida: por um conceito de cultura no Brasil. Rio de Janeiro: DP&A Editora.

Spivak, G. C. (2010). Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG.

Stengers, I. (2014). La Propuesta Cosmopolítica. Revista Pléyade, 14, pp. 17-41.

Published

2022-10-25

Issue

Section

THEORETICAL ARTICLE