A dimensão bélica e um possível diálogo com o totalitarismo nazista de alguns hinos oficiais do futebol carioca [c/ áudio]

Conteúdo do artigo principal

Bruno Castro
Rafael Valladão

Resumo

Ao analisarmos a letra dos hinos oficiais compostos no período da Primeira República Brasileira, verificamos duas características básicas e predominantes: a primeira característica é a forte influência do pensamento higienista; a segunda é a presença do futebol brasileiro como substituto da atividade bélica. O tom marcial que tinham os hinos oficiais não confere a descontração e a originalidade das marchinhas carnavalescas utilizadas por Lamartine Babo nos hinos populares. Foi possível identificar em alguns hinos oficiais características que de alguma forma dialogam com o regime nazista totalitário. O tom bélico e racista das letras dos hinos oficiais, em referência ao contexto histórico da época em que foram compostos, expõe a inegável semelhança ideológica com o nazismo, por mais que não tenham tido uma ligação direta.

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Seção

PARALELAS

Biografia do Autor

Bruno Castro, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro / Brasil

Doutorando em Educação Física - UFRJ

Rafael Valladão, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro / Brasil

Mestre em educação

Como Citar

A dimensão bélica e um possível diálogo com o totalitarismo nazista de alguns hinos oficiais do futebol carioca [c/ áudio]. FuLiA/UFMG , Belo Horizonte/MG, Brasil, v. 2, n. 3, p. 126–146, 2018. DOI: 10.17851/2526-4494.2.3.126-146. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/fulia/article/view/13834. Acesso em: 18 dez. 2024.
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Referências

CORNELSEN, Elcio. Esporte e discurso totalitário: os Jogos Olímpicos de Berlim e o discurso nazista na imprensa. In: MARI, Hugo; MACHADO, Ida Lucia; MELLO, Renato de (org.). Análise do Discurso em perspectivas. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2002, p. 315-350.

CORNELSEN, Elcio Loureiro. Futebol, música e literatura: uma análise dos hinos dos clubes esportivos brasileiros. Ciência e Cultura, v. 66, n. 2. São Paulo, junho, 2014a.

CORNELSEN, Elcio Loureiro. Hinos de Futebol em Portugal e no Brasil: dos hinos marciais aos populares. Esporte e Sociedade, v. 9, n. 23, março, 2014b.

CORNELSEN, Elcio Loureiro. Totalitarismo. Revista Eletrônica Literatura e Autoritarismo, v. 1, n. 14, março, 2009.

SOUZA, Bruno de Castro. Hinos oficiais e hinos populares como representações simbólicas dos principais clubes de futebol do Rio de Janeiro: a contribuição de Lamartine Babo. 2009. 211 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ciência da Motricidade Humana, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, 2009.

HINOS OFICIAIS (Gravações de Bruno Castro)

Hino oficial do Flamengo: https://bit.ly/2HZY59H.

º hino oficial do América: https://bit.ly/2jz3Iki.

º hino oficial do Botafogo: https://bit.ly/2KEKUfL.

º hino oficial do Fluminense: https://bit.ly/2JZ2aLU.

º hino oficial do Vasco da Gama: https://bit.ly/2JUuoXW.

º hino oficial do América: https://bit.ly/2KH3qV4.

º hino oficial do Botafogo: https://bit.ly/2jCiVRX.

º hino oficial do Fluminense: https://bit.ly/2jxrY6z.

º hino oficial do Vasco da Gama: https://bit.ly/2rpoRlp.

HINOS POPULARES (Gravações de Bruno Castro)

Hino popular do América: https://bit.ly/2HZ1uFs.

Hino popular do Botafogo: https://bit.ly/2FNbjo7.

Hino popular do Flamengo: https://bit.ly/2jB7JVj.

Hino popular do Fluminense: https://bit.ly/2wgTONB.

Hino popular do Vasco da Gama: https://bit.ly/2HR5D2p.

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