Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 5 n. 2 (2019): Revista Indisciplinar

A produção popular do habitat no contexto da neoliberalização do Equador: a experiência da cooperativa Alianza Solidaria em Quito

Enviado
março 5, 2021
Publicado
2019-12-01 — Atualizado em 2019-12-01
Versões

Resumo

A chegada do modelo neoliberal na América Latina a partir da década de 90 fez com que vários países impulsionassem um “processo de modernização” de suas economias, adotando o receituário definido pelo Consenso de Washington. No Equador, esse processo levou a uma profunda crise econômica e política, que culminou na dolarização do país. Na escala urbana, os processos de descentralização foram retomados, transferindo maiores obrigações aos municípios, ao mesmo tempo em que a onda de privatizações e a desregulamentação estatal possibilitaram que a cidade fosse cada vez mais ditada pelos interesses de mercado. Esse contexto impactou diretamente os investimentos sociais. No caso das políticas de habitação, que já eram direcionadas majoritariamente às classes médias, tem-se uma redução ainda mais drástica; por outro lado, os investimentos privados em habitação se centraram nas classes mais altas. A mercantilização da habitação impossibilitou que grande parte da população tivesse acesso a esse direito. Como consequência, as periferias cresceram de maneira desordenada e as desigualdades sociais aumentaram. As camadas populares tiveram que se organizar em torno da luta pela moradia e a ocupação de terras foi uma das estratégias para reivindicar seus direitos. Em defesa da propriedade privada, o Estado reprimiu violentamente essas manifestações. Nesse processo de lutas, diversas experiências foram idealizadas, entre elas está a Cooperativa Alianza Solidaria, que buscou promover um hábitat de qualidade a partir da recuperação de elementos culturais, do cooperativismo e da economia popular e solidaria, superando a visão mercantilizada da moradia.

Referências

  1. ACOSTA, Alberto. Breve história econômica do Equador. [S.l: s.n.], 2006.
  2. ACOSTA, María Elena. Políticas de vivienda en Ecuador desde la decada de los 70: analisis, balance y aprendizajes. 2009. Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales - FLACSO ECUADOR, 2009.
  3. ALSAYYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: Cidadania e urbanismo na era global. In:Novos Estudos CEBRAP, n. 85, p. 105–128, 2009.
  4. ARANTES, Otília;VAINER, Carlos;MARICATO, Ermínia.A cidade do pensamento unico. 3. ed. São Paulo: Editora Vozes, 2002.
  5. ARKONADA, Katu; KLACHKO, Paulo. As lutas populares na America Latina e os governos progressitas: crises e desafios da atualidade. 1. ed. Sao Paulo: Expressão Popular, 2017.
  6. CARRIÓN, Fernando. (editor). El financiamiento de la centralidad urbana: el inicio de un debate necesario. [S.l: s.n.], 2007.
  7. CARRIÓN, Fernando; ERAZO, Jaime. La forma urbana de Quito: una historia de centros y periferias. In: Bulletin de l’Institut français d’études andines, v. 41, n. 41 (3), p. 503–522, 2012.
  8. CÓRDOVA, Marco Antonio. Transformación de las políticas de vivienda social. El Sistema de Incentivos para la Vivienda en la conformación de cuasi-mercados en Ecuador. In: Íconos - Revista de Ciencias Sociales, v. 19, n. 53, p. 127, 2015.
  9. CORREA, Rafael. Equador: Da noite neoliberal à Revolução Cidadã. 1. ed. Sao Paulo: Boitempo, 2009.
  10. DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo. Ensaio sobre a sociedade neoliberal. 1. ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.
  11. FIORI, José Luis. História, estratégia e desenvolvimento para uma geopolítica do capitalismo. 1. ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014.
  12. HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. 1. ed. São Paulo: ANNABLUME editora, 2001.Trad. Carlos Szlak
  13. HARVEY, David. Breve historia del Neoliberalismo. Madrid: Ediciones Akal, S. A., 2005.
  14. INEC, Instituto Ecuatoriano de Estadísticas y Censos. Difusión de los resultados definitivos del Censo de Población y de Vivienda 1990. Quito: Administración Central, 1990.
  15. LARREA, A. Modo de desarrollo, organización territorial y cambio constituyente en el Ecuador. 1. ed. Quito: SENPLADES, 2011.
  16. LARREA, Carlos. Hacia una Historia Ecológica del Ecuador: Propuestas para el debate. [S.l: s.n.], 2005.
  17. MARX, Janaina. Buen Vivir, hábitat e a questão ambiental. In: XVIII Encontro Nacional da Associação Nacional de PósGraduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional, Natal. Anais XVIII ENANPUR, 2019
  18. MIDUVI. Ministerio de Desarrollo Urbano y Vivienda. Informe Nacional del Ecuador para la Tercera Conferencia de las Naciones Unidas sobre Vivienda y Desarrollo Urbano Sostenible HABITAT III, Quito: MIDUVI, 2015
  19. OLEAS, Julio. Vivienda Nueva¿dónde, cuánto, cómo? In: Gestión n.152, 2007.
  20. OQUENDO, Luis. Renta del Suelo y expansión Urbana de Quito-El Caso de las Lotizaciones Clandestinas. Quito: Flasco Ecuador, 1988.
  21. OSPINA, Oscar Raúl; ESPINOSA, Jaime Erazo. Dolarización y generación de vivienda formal: su lectura en Ecuador /.ECUADOR DEBATE, p. 29–54, 2009. Disponível em: file:///D:/TA ABRARterbaru/TA BATA FOAM/jurnal penelitian/BATU BATA.pdf.
  22. SENPLADES. Plan Nacional para el Buen Vivir 2009-2013. [S.l:s.n.], 2009.

Downloads

Não há dados estatísticos.