Doutora em Planejamento Urbano e Regional pela UFRJ/IPPUR. Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Líder do Grupo de Pesquisa Cidades, Planejamento e Gestão. Pesquisadora associada do ETTERN/UFRJ. Coordena o Observatório de Conflitos Urbanos de Curitiba desde 2012.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, Brasil
Graduando do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Foi bolsista pela Fundação Araucária (2018-2019) de Iniciação Científica na pesquisa “Observatório dos Conflitos de Curitiba: os conflitos como método de leitura do espaço”, no Laboratório de Urbanismo e Paisagismo da UTFPR.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, Brasil
Graduanda no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), voluntária (2018-2019) e bolsista pela Fundação Araucária (2019-2020) de Iniciação Científica na pesquisa “Observatório dos Conflitos de Curitiba: os conflitos como método de leitura do espaço”, no Laboratório de Urbanismo e Paisagismo da UTFPR.
Os equipamentos públicos sociais são fundamentais para o atendimento à população de baixa renda, servindo de suporte essencial à reprodução da vida, ao acesso a direitos, além de serem componentes importantes no ordenamento dos bairros. Eles representam pontos nodais de centralidade nos bairros, servindo como elementos de referência no cotidiano dos moradores. Em Curitiba, durante os anos de 2016 a 2018, observou-se uma série de ações da Prefeitura Municipal que ameaçava, fechar ou privatizar equipamentos de saúde e assistência social. O Observatório de Conflitos Urbanos de Curitiba catalogou esses protestos ao longo dos anos, observando as ações da população, Ministério Público, sindicatos e conselhos de classe, contra o sucateamento dos equipamentos públicos na cidade. Este artigo tem como objetivo fazer uma análise espacial da localização desses equipamentos públicos sociais em relação a indicadores do IBGE e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Confrontando essas informações, chegou-se à conclusão de que o fechamento desses equipamentos sociais representa, além do não atendimento dessa população, o fortalecimento dos processos de segregação socioespacial produzidos pelo planejamento urbano, evidenciando ainda mais o mito em torno da cidade dita modelo.
Referências
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