Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 5 n. 1 (2019): Revista Indisciplinar

Ocupa Ouvidor 63: arte, ocupação e artivismos

Enviado
março 26, 2021
Publicado
2019-07-01

Resumo

O texto apresentado a seguir é fruto de uma pesquisa mestrado realizada de 2017 a 2019, que buscou investigar os processos de mediação do Centro Cultural Ocupa Ouvidor 63. Ocupado em 2014, o edifício localizado na Rua do Ouvidor no 63, em São Paulo, acolhe um coletivo heterogêneo de artistas de linguagens, atuações e origens distintas, que compartilham o espaço para produção e experimentação artística e social. Dessa forma, partiu-se do reconhecimento da interseção entre os movimentos sociais e insurreições contemporâneas; a arte atuante e o artivismo como resposta estético-política; a perspectiva do direito à cidade e à cultura incitada pelas ocupações urbanas e artísticas e, assim, as relações entre essas mediações artivistas, cidade e diversidade cultural. Nesse processo é possível observar características peculiares e potentes da arte e da cultura em relação com os movimentos sociais, em especial as ocupações. Tais movimentos insurgentes refletem modos contemporâneos de resistência, organização e ação desenvolvidos e projetados a partir do mundo da arte, da estética e da produção de subjetividades.

Referências

  1. BERQUÓ, Paula. Arte e espaço: Aproximação táticas. In: CUNHA, Maria Helena; OLIVEIRA, Bruno; RENA, Natacha (Orgs.). Arte e espaço: uma situação política do século XXI. DUO Editorial. Belo Horizonte. 2015, p. 100-127.
  2. BARROS, José Márcio. Cultura e comunicação nas avenidas de contorno em Belo Horizonte e La Plata. Editora PUC Minas. Belo Horizonte. 2005. 255p.
  3. BEY, Hakim. TAZ: Zona Autônoma Temporária. Tradução: Patrícia Decia e Renato Resende. Digitalização: Coletivo Sabotagem - ContraCultura. 41p. Disponível em:<http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/arq_interface/4a_aula/Hakim_Bey_TAZ.pdf> Acesso em 20 jan. 2019
  4. FEATHERSTONE, Mike. Para uma sociologia da cultura pós-moderna. Tradução Heloísa Jahn. In: Cultura de Consumo e Pós-modernismo. 1990. Disponível em:<http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_25/rbcs25_01.htm.> Acesso em 15 mai. 2018
  5. GOHN, Maria da Glória. Teoria dos movimentos sociais paradigmas clássicos e contemporâneos. Edições Loyola. São Paulo. 1997. 383 p. Disponível em:<http://flacso.org.br/files/2016/10/120184012-Mariada-Gloria-Gohn-TEORIA-DOS-MOVIMENTOS-SOCIAIS-PARADIGMASCLASSICOS-E-CONTEMPORANEOS-1.pdf>. Acesso em 2 jun. 2019.
  6. GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Da geografia às geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. In: CECENA, A.; SADER, E. (org). La guerra infinita. Hegemonía y terror mundial. Clasco. Buenos Aires. 2002. p. 217-256. Disponível em <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/cecena/porto.pdf>. Acesso em 5 jun. 2019.
  7. HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Multidão - Guerra e Democracia na Era do Império. Tradução: Clóvis Marques. 1 ed. Editora Record. 2005. 532 p.
  8. HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Tradução Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gonçalves. 2 ed. Edições Loyola. São Paulo. 1993.
  9. HARVEY, David. A liberdade da cidade. In: MARICATO, E. et al. Cidades rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Boitempo - Carta Maior. São Paulo. 2013. p. 47-61.
  10. IASI, Mauro Luis. A rebelião, a cidade e a consciência. In: MARICATO, E. et al. Cidades rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Boitempo - Carta Maior. São Paulo. 2013. p. 73-85
  11. JAMESON, Fréderic. Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio pós-modernismo. Editora Ática. São Paulo.1989. p. 27-79.
  12. LEITE, Luciana de Lima Lopes. Ocupar é rexistir! Práticas Artísticas como Tática de Resistência nas Ocupações do Coletivo OcupARTHE, em Teresina. Dissertação. Pós Graduação em Antropologia. Universidade Federal do Piauí, Teresina. 2018. Disponível em: <http://repositorio.ufpi.br/xmlui/handle/123456789/1358>. Acesso em: 20 dez. 2018.
  13. MAGNANI, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais. v. 17. n. 49. São Paulo. 2002. p. 11-29. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092002000200002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 jan. 2018.
  14. MARICATO, Emília. É a questão urbana, estúpido! In: MARICATO, E. et al. Cidades rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Boitempo Carta Maior. São Paulo. 2013. p. 32-46
  15. MEKARI, Danilo. Mesclando arte, cultura e resistência, Casa Amarela se estabelece como “quilombo urbano” no centro de SP. Blog Aprendiz Uol. 2 fev. 2016. Disponível em <https://portal.aprendiz.uol.com.br/2016/02/02/mesclando-artecultura-e-resistencia-casa-amarela-se-estabelece-como-quilombourbano-centro-de-sp/> Acesso em 11 out. 2018.
  16. NAVARRO, Luiz. Pele de Propaganda: Lambes e stickers em Belo Horizonte [2000-2010]. Ed. do Autor. Belo Horizonte. 2016. 120 p.
  17. NEGRI, Antonio. Cinco lições sobre Império. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 279 p. Tradução Álvaro Lorencini.
  18. ORSU Filmes. Universo 63 | Documentário Completo. (29m16s). Youtube. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=UAaToEBO3pE> Acesso em 9 jul. 2018.
  19. PAIVA, Raquel e GABBAY, Marcello. Cidade, Afeto e Ocupações: ou a transfiguração do espaço público no Brasil contemporâneo. In:RUA [online]. no. 24. Volume 1 jun. 2018. Disponível em <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8652511> Acesso em 20 dez. 2018
  20. QUEIRÓS, Amanda. Ocupações Artísticas. Revista Murro em Ponta de Faca. n. 10. Ago. 2014. p. 10-19. Disponível em:<http://www.ciacarneagonizante.com.br/arquivos/536/pageflip/download/420/revistamurro_10.pdf> Acesso em 12 jan. 2019.
  21. RAPOSO, Paulo. Artivismo: articulando dissidências, criando insurgências. Cadernos de Arte e Antropologia. Vol. 4. n. 2. 2015. p. 3- 12. Disponível em:<https://journals.openedition.org/cadernosaa/909?file=1> Acesso em 20 jun. 2018.
  22. REIS, Sté. Por dentro da Ouvidor 63, a maior ocupação cultural da América Latina. Blog Urban Taste. 20 jun. 2017. Disponível em: <https://asfalto.blogosfera.uol.com.br/2018/07/10/por-dentro-daouvidor-63-a-maior-ocupacao-cultural-da-americalatina/?cmpid=copiaecola> Acesso em 20 jul. 2018.
  23. RIBEIRO, Djamila. O que é: lugar de fala? 1 ed.: Letramento: Justificando. Belo Horizonte. 2017. 114 p.
  24. SABBATH, Wanessa. Arte, Resistência e Ocupação - Wanessa Sabbath é Artista Negra Latino Americana, Quilombola e Mãe. Blog Video Camp. 14. abr. 2017. Disponível em: <http://blog.videocamp.com/talks/2017/07/14/arte-resistencia-eocupacao-wanessa-sabbath/ > Acesso em 20. Jan. 2019.
  25. SANTAELLA, Lúcia. Temas e dilemas do pós-digital: a voz da política. 1. ed. Editora Paulus. São Paulo. 2016. 277 p.
  26. SESC/SP. Artivismo.Disponível em <https://www.sescsp.org.br/online/artigo/7330_ARTIVISMO> Acesso em 20 mai. 2019.
  27. VEIGA, Edison. Ouvidor, 63, há 3 anos nas mãos de artistas. Jornal O Estado de S. Paulo. 27 abr. 2017. Disponível em:<https://saopaulo.estadao.com.br/noticias/geral,ouvidor-63-ha-3-anos-nas-maos-de-artistas,70001756912> Acesso 10 jul. 2018.
  28. XIMENES, Clarisse Teixeira. Desvios Urbanos: Um olhar sobre as ocupações artísticas de São Paulo. Especialização em Gestão de Projetos Culturais e Organização de Eventos. Escola de Comunicação e Artes. Universidade de São Paulo. 2015. Disponível em: <http://paineira.usp.br/celacc/sites/default/files/media/tcc/desvios_urbanos_ocupacoes_artisticas_da_cidade_de_sao_paulo_revisado.pdf>. Acesso em: 20. dez. 2018

Downloads

Não há dados estatísticos.