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Artigos

v. 2 n. 2 (2016): Revista Indisciplinar

Notas Sobre Cartografia, Transversalidade e Co-Produção no Estudo dos Fenômenos Urbanos Contemporâneos

Enviado
março 30, 2021
Publicado
2016-12-01 — Atualizado em 2016-12-01

Resumo

O presente artigo é um desdobramento da dissertação de mestrado “A Ocupação e a produção de espaços biopotentes em Belo Horizonte: entre rastros e emergências”. Desenvolvido entre 2013 e 2015, o trabalho buscou investigar possíveis contribuições do acontecimento “A Ocupação” para o engendramento, no contexto de Belo Horizonte, de espaços biopotentes – ou modos de espacialização singulares, alternativos àqueles calcados na mera reprodução dos modelos de sujeição capitalísticos. “A Ocupação” ocorreu em 7 de julho de 2013. Na ocasião, artistas e movimentos sociais da cidade ocuparam, por meio de atividades culturais diversas, o baixio do Viaduto Santa Tereza. Articulado em rede, de forma colaborativa e autônoma, o acontecimento incluiu um conjunto complexo de pautas, atores e processos. De forma a nele buscar pistas para o traçado de outros espaços possíveis na cidade, um desafio metodológico se impôs logo de início: era preciso encontrar caminhos que não o esvaziassem de sua multiplicidade – característica na qual apostávamos residir, justamente, o seu caráter biopotente. Para tanto, utilizamos como parâmetro a ideia de cartografia, tal como proposta por Felix Guattari e Gilles Deleuze em sua obra Mil platôs (1995), e dividimos o trabalho em três eixos: “Pistas”, “Rastros” e “Emergências”. No presente artigo retomaremos o primeiro deles – dedicado, justamente, ao enfrentamento desse desafio metodológico. Nele apresentaremos os conceitos de rizoma, cartografia, Hódos-metá e transversalidade para, ao final, delinearemos as táticas utilizadas para a realização, no âmbito do estudo de “A Ocupação”, do que chamamos “coprodução transversal”.

Referências

  1. BERQUÓ, Paula. A ocupação e a produção de espaços biopotentes em Belo Horizonte: entre rastros e emergências. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Arquitetura, 2015, 507 f.
  2. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia, vol. 1.Editora 34: São Paulo, 1995 (1980).
  3. GUATTARI, Felix. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
  4. GUATTARI, Félix. Caosmose. Um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 1992.
  5. PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCOSSIA, L. Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.
  6. PELBART, P. P. Vida capital: ensaios de biopolítica. São Paulo: Ed. Iluminuras, 2011.
  7. ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina; Editora da UFRGS, 2011.
  8. VEIGA-NETO, Alfredo. Olhares... In: COSTA, Marisa (org.). Caminhos investigativos: novos olhares na pesquisa em educação. Porto Alegre: Mediação, 1996, p.19-35.

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