O artigo aborda as tecnopolíticas a partir das forças em embate no campo sociopolítico e suas reverberações na universidade e na experiência cotidiana do espaço da cidade. Inicialmente discute-se o engajamento dos campos de saberes e práticas com as forças dominantes do campo social. São desdobradas as conexões entre o campo do urbanismo, os novos âmbitos de ação por ele criados e sua operacionalidade para as demandas de controle do espaço pelo capital em suas frentes de exploração econômica e subjetiva sempre em expansão. Em seguida, o artigo aborda as tecnopolíticas como possibilidade de uma outra política de relações no âmbito da experiência e da produção do espaço nas cidades. O artigo propõe uma abordagem das tecnopolíticas a partir do desdobramento da noção de singularidade. Discute-se uma ética dos encontros que prescinde das modelizações dominantes e se abre aos desvios, aos conflitos mal resolvidos, às irrupções e aos desencontros, possibilitando a produção de outras subjetividades capazes de ativar a capacidade co-criativa e expandida, recriando os campos de força e de ação fora dos domínios privilegiados de sua produção que tendem a reproduzir as palavras de ordem da participação teleguiada, o endogenismo acadêmico e os interesses do marketing e da produção empresarial