Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 4 n. 1 (2018): Revista Indisciplinar

Urbanismo participativo na produção do espaço em Brasília como forma de resistência: o caso do processo de regularização fundiária da ocupação Dorothy Stang

Enviado
abril 1, 2021
Publicado
2018-09-20

Resumo

O urbanismo participativo busca promover processos de projetação e regularização incluindo a população nas diversas tomadas de decisão, desde a legitimação e posse da terra, aos impactos sociais, ambientais, econômicos e culturais das diferentes formas de ocupar o território. O objetivo deste trabalho é demonstrar o processo de projeto de urbanismo participativo que está sendo desenvolvido na Ocupação Urbana Dorothy Stang com a comunidade e as lideranças por meio de assessoria técnica do Grupo de Pesquisa “Periférico, trabalhos emergentes” em parceria com o Escritório Modelo  CASAS da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (Edital Nº 01/2017 – DEX/DPI). Pretendese demonstrar os resultados da primeira fase do projeto de extensão, o questionário de envolvimento baseado nas dimensões da sustentabilidade social, econômica, ambiental, cultural e emocional e os mapas afetivos e colaborativos sobre a situação existente para entendimento da apropriação do espaço pela comunidade e os impactos ambientais. Considerando a política de regularização fundiária da Lei n.º 11.977/2009 e a recente Lei n. 13465/2017, até o momento foram realizadas 3 reuniões com os governos federal e distrital para o entendimento do processo e anseios da comunidade. Importa destacar que o trabalho se insere na dinâmica metodológica do grupo de pesquisa Periférico que visa o desenvolvimento de inovações em processos de ensino com metodologias ativas e de inclusão social, participando do desenvolvimento de tecnologias sociais com comunidades. Trata-se de uma abordagem interdisciplinar e transdisciplinar nas áreas de promoção da saúde, economia solidária e direitos humanos que busca a construção de experiências vividas enquanto construção social, promovendo uma troca de saberes entre a comunidade e a universidade para atender às demandas reais mais prementes.

Referências

  1. ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA Sara; Murray, SILVERSTEIN; JACOBSON, Max; FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. A Pattern Language: towns, buildings, construction. Barcelona: Gustavo Gilli, 1977.
  2. ANDRADE, Liza Maria Souza de. Conexão dos Padrões Espaciais dos Ecossistemas Urbanos: a construção de um método com enfoque transdisciplinar para o processo de desenho urbano sensível à água no nível da comunidade e o no nível da paisagem. 2014. Tese (Doutorado em
  3. Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UnB, Brasília, 2014.
  4. ANDRADE, Liza Maria Souza, LEMOS, Natalia da Silva. Qualidade de projeto urbanístico: sustentabilidade e qualidade da forma urbana. In: AMORIM, C. N. D. et al. Avaliação da qualidade da habitação de interesse social: projetos arquitetônicos e urbanístico e qualidade urbanística. Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UnB, 2015.
  5. ARES, Pablo; RISLER Julia. Manual de Mapeo Colectivo: Recursos Cartográficos Críticos para Procesos Territoriales de Creación Colaborativa. Buenos Aires: Tinta Limón, 2013.
  6. BONDUKI, Nabil. Os pioneiros da habitação social no Brasil: volume 1. 1 ed. São Paulo: Editora Unesp: Edições Sesc São Paulo, 2014.
  7. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2016.
  8. Cary Institute of Ecosystem Studies. Disponível em https://www.caryinstitute.org/. Acessado em 10 de agosto de 2018.
  9. DAGNINO, Renato. Tecnologia Social. Contribuições conceituais e metodológicas. Florianópolis/Insular, EDUEPB/Campina Grande, 2014.
  10. DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. COMUM. Ensaio sobre revolução do século XXI. São Paulo: Boitempo, 2017.
  11. ESNE. ESCUELA UNIVERSITARIA DE DISEÑO, INNOVACIÓN Y TECNOLOGÍA. Urban ecosystem is a design and consulting company operating within the fields of urbanism, architecture, engineering and sociology, with offices in Madrid and Miami. Disponível em: http://ecosistemaurbano.org/tag/jorge-toledo/. Acessado em 30 de junho de 2018.
  12. HARVEY, David. A liberdade da cidade. Traduzido por: Alfredo, Anselmo; Schor, Tatiana; Boechat, Cássio Arruda. São Paulo: GEOUSP- Espaço e Tempo, 2009.
  13. HARVEY, David. O direito à cidade. Traduzido por: Pinheiro, Jair. In: Lutas sociais. São Paulo, nº 29, 2012
  14. LNECP.DED/NAU. Participação da comunidade em processos de desenho urbano e de urbanismo: levantamento e descrição de métodos e técnicas. Lisboa: Relatório 41/2013, I&D Edifícios.
  15. LEFEBVRE, Henri. 1901-1991. O direito da cidade. Traduzido por: Cristina C. Oliveira. Itapevi: Nebli, 2016.
  16. MARICATO, Ermínia. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2000.
  17. MONTANER, Josep Maria e MUXÍ, Zaida. Arquitetura e Política. Ensaios para mundo alternativos. Barcelona: Gustavo Gilli, 2013.
  18. NEDER, Ricardo Toledo. Interacionismo sociotécnico e cultura de resistência em políticas de incubação de cooperativas populares: sete dimensões estratégicas em ITCP como agência, como indicadores de avaliação. In: Encontro Nordestino de Incubadoras de Economia Solidária “Democracia e economia solidária: impasses e oportunidades”. Juazeiro do Norte, 2016.
  19. NEDER, Ricardo Toledo e MORAES, Raquel de Almeida. Para onde vai a universidade diante da política de Ciência & Tecnologia no Brasil? Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América. HISTEDBR Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil/UnB/ Capes-Escola de Altos Estudos. Volume 7. Serie 1.R. p.: II. 26 cm – Cadernos Primeira Versão. Brasília, 2017.
  20. PINTO, Vitor Carvalho. Mitos e verdades sobre a nova Lei da Regularização Fundiária Urbana. In: Caos Planejado. 2017. Disponível em: https://caosplanejado.com/mitos-e-verdades-sobre-a-nova-lei-daregularizacao-fundiaria-urbana/. Acessado em 02 de junho de 2018.
  21. ROLNIK, Raquel. A Cidade e a Lei: Legislação, Política Urbana e Territórios na Cidade de São Paulo. São Paulo: Studio Nobel, 1999
  22. THOMAS, H. Tecnología, Desarrolho, democracia. Sistemas Tecnológicos sociales y cidadania sócio-técnica. In: R.T.Neder (Org.) CTS – Ciência Tecnologia e Sociedade e a produção de conhecimento na universidade. Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América Latina/CAPES. Brasília: Escola Altos Estudos - UnB, 2013. pp. 85-114.

Downloads

Não há dados estatísticos.