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Artigos

v. 1 n. 1 (2015): Revista Indisciplinar

Selvagens, bárbaros e civilizados na luta de classe: uma leitura d’O anti-Édipo para as lutas

Enviado
abril 1, 2021
Publicado
2015-10-05

Resumo

Em meio a um cenário de agitação disseminada das subjetividades pelo mundo, em especial no Brasil de 2013, este artigo investiga uma linha possível para formular problemas teóricos e práticos à altura dos desafios. O objetivo é esboçar coordenadas atuais para o problema outrora formulado por Marx: como ligar-se ao movimento real de abolição do capitalismo, considerando sua forma presente, e sobretudo as formas concretas de luta e alternativas. Trata-se, assim, de retraçar a problemática da luta de classe, enquanto crítica imanente do capitalismo, além de qualquer denuncismo moral. No artigo, o percurso é
eminentemente conceitual, de leitura intensiva: parte-se d’O anti-Édipo, de Deleuze e Guattari, a fim de resgatar a pergunta marxista da imanência e do antagonismo, em toda a sua premência. Como resultado, o problema da produção reaparece como produção desejante, enquanto as formas
pré-capitalistas como máquinas sociais cujo limite interno é o capital, a máquina “mais sombria” e “mais opressiva”. A partir disso, prepara-se uma plataforma a ser preenchida pela copesquisa e cartografia das lutas atuais, sobre o plano do desejo e da subjetividade.

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