Formada em Arquitetura pela Universidade Nacional de Mar del Plata (UNMdP). Pesquisadora do Programa “Habitat y Ciudadanía” (PHyC) da Facultade de Arquitetura, Urbanismo y Diseño, (FAUD-UNMdP). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC (UFABC). Pesquisadora colaboradora do Laboratório de Justiça Territorial, (LabJuta-UFABC).
O conceito de Tecnologia de Inclusão Social ou Tecnologia Social (TS) é uma construção teórica e epistemológica muito recente. A criação de categorias e metodologias para estudar a TS foi proposta no começo deste século, a partir de uma importante revisão bibliográfica das críticas às Tecnologias Apropriadas, das contribuições da Filosofia da Tecnologia, da economia e da sociologia da inovação e da crítica à Política de Ciência e Tecnologia da América Latina. O discurso de TS, no entanto, “circula” desde o ano 2001 pela sociedade, nas instituições e no trabalho de certos acadêmicos, principalmente no contexto Brasileiro, a partir da definição proposta pela Fundação do Banco do Brasil (FBB). As práticas de TS, por outra parte, não são novas. As comunidades têm desenvolvido formas de relacionamento com seu entorno desde muito antes que essas foram conceituadas como tal. A discrepância entre a teoria puramente discursiva e a teoria imbuída de práticas gerou interesse em compreender como as categorias são acionadas em contextos e por atores diferentes. Para tal fim será analisado o discurso de TS da FBB e contrastado com uma experiência de TS não institucional, com potencial emancipatório muito forte, para chegar a compreender como teoria e práticas se complementam na produção de conhecimento.
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