O presente artigo pretende discutir a relação entre as práticas cotidianas presentes nas ocupações urbanas autoconstruídas, em Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), e os conceitos relativos à tecnologia social, buscando a construção de outra narrativa que se contrapõe ao discurso hegemônico e complexifica a abordagem sobre esses territórios. Para respaldar o debate, será apresentado o caso do Parque das Ocupações do Barreiro, projeto que une as pautas da luta pela moradia e da luta pela preservação do meioambiente, como tentativa de resistência à produção neoliberal do espaço urbano liderada pelo Estado-Capital.