Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 3 n. 4 (2017): Revista Indisciplinar

Brotos Rubros, corpos desumanos

Enviado
abril 26, 2021
Publicado
2017-10-01

Resumo

Apresento ensaio etnográfico dirigido à compreensão dos modos de agência eco-política e da emergência do Sujeito Ecológico no campo das Artes Visuais. Persigo há anos o desenvolvimento de um artista de vanguarda, mineiro da Escola Guignard de Belas Artes, cujo acompanhamento em suas performances ambientais (fase recente em sua trajetória artística) nos serve de auxílio para fins de caracterizar um modo intrínseco de realização artístico-e-ambientalista, fundando um novo terreno conceitual que é o da Arte Ambiental. O presente ensaio busca problematizar diferentes modos de realização eco-política no campo das artes visuais e buscar uma ressignificação estética sociológica adequada relacionada à desconstrução fenomenológica ocorrida quando agência e subjetividade estão mais intimamente dedicadas à vida (bios). No presente recorte, a obra de Claudio nos erve de referência para a contextualização de uma forma de expressão contemporânea e radical, de ressignificação do humano e no reconhecimento de diferentes formas de vida. Brotos Rubros é o nome de uma das intervenções realizadas por Cláudio, que planta seus botões vermelhos concomitante à territorialização em respeito à vida.

Referências

  1. ADAMS, Carol J. The sexual politics of meat: A feminist-vegetarian critical theory. Bloomsbury Publishing USA, 2015.
  2. BATESON, Gregory. Steps to an ecology of mind. London: Granada, 1972.
  3. BATTCOCK, Gregory. A nova arte. São Paulo: Perspectiva, 2002.
  4. BERENSON, Bernard. Estética e História, São Paulo: Perspectiva, 1972.
  5. BIEHL, João; LOCKE, Peter. Deleuze and the Anthropology of Becoming. Current Anthropology, v. 51, 2010.
  6. BIMBENET, Étienne. Nature et Humanité. Le problème anthropologique dans l’oeuvre de Merleau-Ponty, Paris: Vrin, 2004.
  7. CASTRO, Eduardo Viveiros de. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. In: A inconstância da alma selvagem, São Paulo: Cosac-Naify, 2002.
  8. CSORDAS, T. J. Embodiment as a Paradigm for Anthropology. Ethos, Urbana, v. 18, n. 1, p. 5-47, 1990.
  9. CLIFFORD, J; MARCUS, G. (orgs.). Writing Culture: The Poetics and Politics of Ethnography, Berkeley: University of California Press, 1986.
  10. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Qu’est-ce que la philosophie ?, Paris: Éditions de Minute, 1991.
  11. _______. Lógica do sentido., São Paulo: Perspectiva, 2006. Trad. Luiz Roberto Salinas Fortes. Sao Paulo
  12. DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec USP, 1994.
  13. ESCOBAR, Arturo. O lugar da natureza e a natureza do lugar: globalização ou pós-desenvolvimento. In: Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, p. 133 168, 2005.
  14. FOLADORI, G; TAKS, J. Um olhar antropológico sobre a questão ambiental. Mana. Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 323-348, Out. 2004.
  15. FURLAN, Reinaldo. Carne ou Afecto: fronteiras entre Merleau-Ponty e Deleuze-Guattari. DoisPontos. São Paulo, v. 8, n. 2, 2012.
  16. GODOY, Ana. A menor das ecologias. São Paulo: EDUSP, 2008.
  17. GOETHE, Johann Wolfgang von. Doutrina das cores. São Paulo: Nova Alexandria, 1993.
  18. GROSZ, Elizabeth. Arte e o Animal. In: MARQUES, D.V ; AMORIM, A.C (org.) Deleuze e Arte e Ciência e Acontecimento e .../ Petropolis, Campinas: Editora UNICAMP 2012.
  19. HARAWAY, Donna. A partilha do sofrimento: relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente. HorizontesAntropológicos, 17, 35, p. 27-64, 2011
  20. INGOLD, Tim. The Perception of the Environment: Essays in Livelihood, Dwelling and Skill. Londres: Routledge, 2000.
  21. _______. Towards a politics of dwelling. Conservation and Society, vol. 3, n.2., p. 501, 2005.
  22. _______. When ANT meets SPIDER: Social theory for arthropods. In: Material Agency. Springer US, 2008. p. 209-215.
  23. _______. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 18, n. 37, Junho, 2012.
  24. _______. Estar Vivo: Ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petropólis: Ed. Vozes, 2015.
  25. LATOUR, Bruno. Jamais Fomos Modernos – Ensaio de Antropologia Simétrica. São Paulo: Editora 34, 1994.
  26. LEFF, Enrique. Saber ambiental. Sustentabilidad, racionalidad complejidad y poder. México: editorial Siglo, v. 21, p. 54, 2002.
  27. LÉVI-STRAUSS, Claude. A lição de sabedoria das vacas loucas. In: Estudos avançados, São Paulo: v. 23, n. 67, p. 211-216, 2009.
  28. LITTLE, Paul Elliot. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. In: Horizontes antropológicos, São Paulo, v. 12, n. 25, p. 85-103, 2006.
  29. LUTZENBERGER, José A. O absurdo da agricultura. In: Estudos avançados, São Paulo, v. 15, n. 43, p. 61-74, 2001.
  30. MARCUS, George E. O intercâmbio entre arte e antropologia: como a pesquisa de campo em artes cênicas pode informar a reinvenção da pesquisa de campo em antropologia. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 133-158, 2004.
  31. MARRAS, Stelio. Virada humana, virada animal: outro pacto. In: Scientiae Studia. São Paulo: vol. 12, n 2, p. 215 – 260, 2014.
  32. MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. São Paulo: Editora Perspectiva, 2014 [1971].
  33. MIES, M ; SHIVA, V. Ecofeminism. Londres: Zed Books, 1993.
  34. MOSCOVICI, Serge. Natureza-Para Pensar a Ecologia. Rio de Janeiro: Mauad Editora Ltda, 2007.
  35. RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Ed. 34, 2009. Trad. Monica Costa Netto.
  36. ROLNIK, Suely. Esquizoanálise e antropofagia. E. Alliez. Gilles Deleuze: Uma vida filosófica. São Paulo: Editora 34, 2000.
  37. STEIL, C.A ; e CARVALHO, I.C.M. Epistemologias ecológicas: delimitando um conceito. In: Mana. Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 163-183, 2014.
  38. VELHO, Otávio. De Bateson a Ingold: passos na constituição de um paradigma ecológico. In: Mana, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, 2001.
  39. WOLFF, Francis. Nossa humanidade: de Aristóteles às neurociências. São Paulo, Ed. Unesp, 2012.

Downloads

Não há dados estatísticos.