É Doutora e Professora Assistente da Escola de Arquitetura da UFMG. Líder do Grupo de Pesquisa Indisciplinar. Coordenadora do Programa de Extensão IndLab e dos Projetos de Extensão: Geopolítica e Cidades, Cartografias Emergentes e Plataforma Urbanismo Biopolítico. Editora da Revista Indisciplinar. Participa da Pesquisa Territórios Populares coordenada pelo LabCidade USP e da Pesquisa Geopolítica e Territórios. Editora-chefe da revista de extensão da UFMG - Interfaces -. Participa do Comitê Gestor do CELA - Centro de Estudos Latino-Americanos da DRI - Diretoria de Relações Internacionais da UFMG.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil
É graduando no curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG. Bolsista no projeto de pesquisa “Geopolítica e Territórios” e no programa de extensão “Ind.Lab”, ambos vinculados ao “Grupo de Pesquisa Indisciplinar” (UFMG).
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil
Pesquisadora no “Grupo de Pesquisa Indisciplinar” (UFMG), no “Grupo de Pesquisa Pedagogias do Espaço” (UFSJ) e nos projetos de pesquisa “Geopolítica e Territórios” e “Territórios Populares”, coordenado pelo LabCidade USP. Participa do Programa de Extensão IndLab e dos projetos de extensão “Cartografia das lutas territoriais” e “Geopolítica e Cidades”.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil
É arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestrando no Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador no “Grupo de Pesquisa Indisciplinar” (UFMG) e no projeto de pesquisa “Geopolítica e Territórios”. Participa do Programa de Extensão IndLab e do projeto de extensão “Geopolítica e Cidades”.
Este artigo é fruto de uma investigação realizada pelos membros do Projeto de Pesquisa Geopolítica e Territórios para a Conferência “A dimensão Geopolítica do Golpe: produção de narrativas e processos imediatos de desnacionalização/ estrangeirização”, parte da disciplina “O Impeachment de Dilma Rousseff como Golpe de Estado: Perspectivas jurídicas, filosóficas, políticas e históricas”, coordenada pelo professor Thomas Bustamante da Universidade Federal de Minas Gerais, durante o segundo semestre do ano de 2018. O material produzido para a Conferência continha uma análise geopolítica do Golpe sofrido pelo Brasil e consolidado no formato de Impeachment da Presidenta Dilma em 2016. Parte dessa produção foi sistematizada e registrada neste texto. A principal base na qual este estudo se apoia é o entendimento de que o Brasil é um território em disputa por diferentes agentes internacionais que influenciaram diretamente na construção do Golpe. Blocos geopolíticos hegemônicos atuam desestabilizando os poderes nacionais de países periféricos e desrespeitando sua soberania, com a finalidade de acumulação de riquezas por elites globais dentro de uma lógica neoliberal. Entende-se que, para que seja possível o desenvolvimento de uma análise geopolítica desta profundidade, alguns conceitos-base devem ser abordados a fim de elucidar hipóteses construídas pelo grupo. Assim, a primeira parte de ambos os trabalhos é formada por uma espécie de glossário destinado a um debate teórico sobre os termos Geopolítica, Globalização, Neoliberalismo, Império, Imperialismo e Eurásia. Após tal abordagem e elucidação, parte-se para a segunda etapa do processo que conta com a construção de 13 hipóteses sobre o que os autores entendem por Golpe internacional, divididas em seis categorias temáticas: Geopolítica, Corrupção, Financeirização, Política Social, Crise da representação/ anti-política, Estrangeirização. Tais hipóteses foram elaboradas tendo como princípio a fala da Presidenta Dilma na aula inaugural da Conferência aqui tratada, da qual foram destacados os elementos vinculados à temática da geopolítica e do neoliberalismo. Trechos desta fala foram transcritos e estão registrados neste artigo vinculados à hipótese correspondente. Vale ressaltar que, durante a exposição realizada na Conferência, as 13 hipóteses foram abordadas e quatro delas foram selecionadas para serem abordadas neste material, por serem consideradas fundamentais para a compreensão de um Golpe internacional. São elas: HIPÓTESE 01: O Golpe é para interromper a disputa do Brasil pela hegemonia na geopolítica mundial; HIPÓTESE 06: O Golpe é financeiro; e hipóteses 12 e 13 de forma condensada, formando a HIPÓTESE 12/13: O Golpe é para estrangeirizar/privatizar os recursos naturais, empresas estatais e também (estrangeirizar) empresas privadas. (ficou confuso essa opção, sugiro: “e HIPÓTESES 12 e 13, tratadas em conjunto: O Golpe é para estrangeirizar / privatizar os recursos naturais, empresas estatais e, também, estrangeirizar empresas privadas”.
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