Este artigo visa apresentar possibilidades de viradas epistemológicas - ou viradas de mesa, nos termos de Ana Clara Ribeiro (2010) - à luz das teorias feministas, interseccionais e decoloniais, avaliadas segundo nossa experiência acadêmica, como indisciplina. Essa é a motivação estrutural que parte de uma observação e vivência sobretudo como professoras e pesquisadoras, a partir de perspectivas entendidas como indisciplina contra a ordem e normas na produção hegemônica do conhecimento. Discutimos a importância e potência das teorias feministas como possíveis viradas metodológicas, como instrumento encarnado na realidade social. Por isso, esse texto apresenta reflexões a partir basicamente de práticas de ensino, buscando compor formas de ensino-aprendizagem atentas ao que estudantes dialogicamente aprendem e nos ensinam, com vistas a refutar práticas de discriminação metódica do ensino ao exercício profissional, seja do ensino-pesquisa-extensão, seja de projeto e planejamento.