Frederico Canuto é Arquiteto e urbanista, Doutor em Poéticas da Modernidade, atualmente é professor Adjunto – Classe 02 na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais no Departamento de Urbanismo e membro permanente do Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da mesma instituição. Tem como campo de pesquisa narrativas cujo objeto é o espaço e suas múltiplas epistemologias na contemporaneidade, a partir de diversos campos disciplinares envolvendo desde a arquitetura a antropologia, arte, geografia, literatura e filosofia. Atualmente é líder do grupo de pesquisa “Narrativas Topológicas.
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Entre 2008 e 2017 trabalhou no desenvolvimento de projetos de arquitetura e urbanismo. Em 2019 tornou-se mestre no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU) da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (EA-UFMG) com dissertação “Retomar a terra: como ser indígena na região metropolitana de Belo Horizonte”.
This work is the result of an ongoing research on the socio-spatial practices of an indigenous group in the Metropolitan Region of Belo Horizonte (RMBH), Minas Gerais, focusing on the recent process of land occupation/retake and the newly created Naô Xohã territory in São Joaquim de Bicas, in October 2017. The research has used as sources visits to the place, informal conversations, interviews and map production of the occupied territory. We have sought to understand how indigenous people produce their spaces by tracing a history of their trajectories, mapping their kinship relationships and understanding their strategies for survival outside demarcated indigenous land. The work also reports the influences of other agents in the context of Naô Xohã, such as FUNAI, the NGO Teto, which built five temporary housing for the village and, finally, the mining company VALE, that had a strong influence on the production of the space due to the breach of the dam of the Córrego do Feijão mine, operated by the company, which devastated the Paraopeba River, which runs along the banks of the land where the indigenous people settled.
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