Arquiteta urbanista, mestranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, na linha de pesquisa Planejamento e Dinâmicas Socioterritoriais. Temas de interesse: espaço público, suas formas de apropriação e produção social, direito à cidade, memórias e conformações de identidade de grupos urbanos através da cultura.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil
Arquiteta urbanista, doutora em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional - UFRJ. Professora do Departamento de Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG. Coordenadora do Observatório de Conflitos Urbanos de Belo Horizonte. Temas de interesse: conflitos urbanos, participação popular, políticas públicas, direito à cidade, gênero, planejamento urbano.
Public spaces, although supposedly equally accessible, offer possibilities for more or less restrictive enjoyment and occupation, depending on the groups placed there. The city, as a reflection of the prevailing social ideas and values, has in heterosexuality the legitimate and morally constituted norm, which shapes not only ways of thinking, but also the behaviors exposed in public spaces, with urban life reflecting culture. The main objective of the article is to present counter-hegemonic narratives about urban living. For that, such narratives were mapped through experiences of LGBT + people, in the space-time context of the Street Carnival in Belo Horizonte, Minas Gerais / Brazil. Cartography as a method allowed the production of subjective data that led to a debate inspired by the action of the Situationist International, which sought experimental constructions of moments and environments guided by desires that transform passive normality in everyday life. In this way, it is sought to show, through the narratives, that the Street Carnival establishes a space-time where the dominant discourse of heteronormativity is questioned, providing a transformed urban experience in relation to that experienced in the usual routine.
References
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval M.; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de, (organizadores). Cartografias de Foucault. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.
ALVAREZ, Johnny; PASSOS, Eduardo. Cartografar é habitar um território existencial. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. (orgs). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015. p. 131-149.
BARROS, Laura Pozzana de; KASTRUP, Virgínia. Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. (orgs). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015. p. 52-75.
CARVALHO, C. O.; MACEDO JÚNIOR, G. S. Isto é um lugar de respeito: A construção heteronormativa da cidade-armário através da invisibilidade e violência no cotidiano urbano. Revista de Direito da Cidade, Rio de Janeiro, vol. 09, nº 1, pp. 103-116, 2017.
CONSTANT. Outra cidade para outra vida. In: JACQUES, Paola Berenstein (org). Apologia da deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. p. 114-117.
DEBORD, Guy-Ernest. Relatório sobre a construção de situações e sobre as condições de organização e de ação da tendência Situacionista Internacional. In: JACQUES, Paola Berenstein (org). Apologia da deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. p. 43-59.
DELGADO, Manuel. El espacio público como ideologia. Madrid: Catarata, 2011.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. São Paulo: Edições Graal, 2013.
ICONOCLASISTAS. Manual de mapeo colectivo: recursos cartográficos críticos para procesos territoriales de creación colaborativa / Julia Risler y Pablo Ares. - 1a ed. - Buenos Aires : Tinta Limón, 2013.
IS – INTERNACIONAL SITUACIONISTA. Questões preliminares à construção de uma Situação. In:
JACQUES, Paola Berenstein (org). Apologia da deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. P. 62-64.
JACQUES, Paola Berenstein. Apresentação. In: JACQUES, Paola Berenstein (org). Apologia da deriva: escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. p. 13-30.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. 5. ed. 3. reimpressão. São Paulo: Centauro Editora, 2011.
OLIVEIRA, José Marcelo Domingos de. Mortes violentas de LGBT+ no Brasil – 2019: Relatório do Grupo Gay da Bahia/ José Marcelo Domingos de Oliveira; Luiz Mott. – 1. ed. – Salvador: Editora Grupo Gay da Bahia, 2020.
SILVA, A. L.; SANTOS, S. M. M. O sol não nasce para todos: uma análise do direito à cidade para os segmentos LGBT. SER Social, Brasília, v. 17, n. 37, p. 498-516, jul.-dez./2015.
SOLIVA, Thiago Barcelos. A rua e o medo: Algumas considerações sobre a violência contra jovens homossexuais em espaços públicos. In: Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v.2, n.1, p.122-132, jan. /jul. 2011.