Os anos 1980 são marcados por uma nova razão de mundo. Esta, juntamente com outros dois elementos com os quais se articula, passa a estruturar as disputas de poder. São eles: o neoliberalismo, a globalização e a internet, que se desenvolvem, com as transformações da técnica, como bases de uma outra composição social. Este artigo traz reflexões sobre as possibilidades de uma resistência antiglobalização – ou por uma outra globalização – que articula rua e rede, local e global, e subverte a ordem vigente usando ferramentas próprias do arcabouço hegemônico. Essa resistência trabalharia em rede, disputando narrativas e desvencilhandose da vigilância dos poderes instituídos. Conseguem esses novíssimos movimentos sociais criar espaços de autonomia ou são engolidos pelas metamorfoses capitalistas? Busca-se tocar em algumas dessas questões analisando, especialmente, o 15M espanhol, que se articula com outros levantes do novo ciclo de lutas, como a Primavera Árabe, o Occupy Wall Street e as Jornadas de Junho de 2013.