Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 6 n. 2 (2020): Revista Indisciplinar

Utopias distópicas em Frankenstein e Os Despossuídos

DOI
https://doi.org/10.35699/2525-3263.2020.29013
Enviado
janeiro 14, 2021
Publicado
2020-12-31 — Atualizado em 2020-12-31

Resumo

Este artigo busca analisar duas obras de relevância Frankenstein (1831) e Os Despossuídos (1974)de duas escritoras da ficção científicaMary Shelley e Ursula K. Le Guinassim como estas autoras se situam nesse gênero e no campo literário. Primeiramente traça-se um breve histórico biográfico de ambas em seus contextos e no gênero ficção científica. Para realizar tal recorte usaremos as obras originais de ambas e dados biográficos contidos nestas. O presente trabalho tem o intuito de ressaltar o caráter de crítica social de ambas as obras que usam da metáfora típica da ficção científica com seus mundos imaginários, utopias distópicas para questionar o status quo da sociedade na qual as autoras estão inseridas.Ressalta-se também a importância das autoras como representantes femininas em um gênero literário marcado por uma forte presença masculina, no qual muitas vezes a presença feminina era vista de forma negativa.Além disso, busca-se ressaltar o papel da leitura de fruição, intimamente ligada ao gênero da ficção cientifica, como uma leitura que também pode ser crítica, principalmente no que tange ao papel da ciência. Para tanto usaremos os conceitos de Todorov (2009) Michele Petit (2010) Alberto  Manguel (1997), Umberto Eco (2011), Thomas Clareson (1981), Hellen Merrick (2009) e Adam Roberts (2009) além do disposto nas próprias obras analisadas.O presente artigo não busca uma análise histórica comparativa das autoras, é proposto, todavia, pensar em como mesmas separadas pelo tempo ambas autoras levam a reflexão sobre a forma como a ciência é percebida.

Referências

  1. CLARESON,Thomas D,Toward a History of Science Fiction in TYMN, Marshall, The Science Fiction Reference Book: A Comprehensive Handbook and Guide to the History, Literature, Scholarship, and Related Activities of the Science. Washington:Starmont House, 1981.p.3-19
  2. ECO, Umberto. A memória vegetal e outros escritos sobre bibliofilia. 2. ed. Rio de Janeiro: Record,2011.
  3. LE GUIN, Ursula K. (1974) The Dispossessed. New York: HarperCollins, Amazon Kindle Edition.
  4. LE GUIN, Ursula K (2014) discurso proferido na entrega do prêmio pela contribuição literária na National Book Awards (lifetime achievement award to Ursula K. Le Guin at 2014 National Book Awards) disponível em:
  5. MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras,1997.
  6. MERRICK,Helen. Fiction 1964-1979BOULD, Mark et al. (Org.). The Routledge companion to science fiction. 1st ed. London: Routledge, 2009. p. 102-111.
  7. PAES, J. P. A aventura literária: ensaios sobre ficção e ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
  8. PAULINO, G. et al. Formação de leitores: a questão dos cânones literários. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v.17, n. 1, p.47-62, 2004. Disponível em: <http://redalyc.uaemex.mx/pdf/374/37417104.pdf >
  9. PETIT, Michele. Os Jovens e a Leitura: Uma nova perspectiva. Tradução de Celina Olga de Souza – São Paulo: Ed. 34, 2008
  10. ROBERTS, Adam.The Copernican Revolution BOULD, Mark et al. (Org.). The Routledge companion to science fiction. 1st ed. London: Routledge, 2009. p. 3-13.
  11. SHELLEY, Mary. Frankenstein(1831) Oxford: Oxford University Press, 1998, Kindle edition .
  12. SHELLEY, Mary. Frankenstein; Tradução de Márcia Xavier de Brito, Carlos Primati; Ilustração de Pedro Franz _ Rio de Janeiro. DarkSide Books, 2017
  13. TODOROV, T. A literatura em perigo. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

Downloads

Não há dados estatísticos.