Onde estética e política se confundem?
Se depender do nosso interlocutor, em todos os lugares. Para a conversa da Revista Indisciplinar n°4, recebemos o artista plástico, formado pela Escola de Belas Artes da UFMG, artista de rua, designer gráfico, produtor, rapper, pixador: Comum. Ansioso por ativar politicamente a paisagem, Comum transforma a matéria sensível em apresentação a si da comunidade, uma arte para se reconhecer e ao mesmo tempo se perder na especificidade da urbanidade genérica do Cidadão Comum. Cercados de violência e vandalismo, os temas ideologicamente posicionados de seu trabalho debatem a ação policial, as articulações entre o Estado e a exploração capital e a marginalidade, além de apontarem para competências pouco acessadas, moradores de rua, anarquismo punk, povos ameríndios e toda uma miríade de identificações amorfas nas quais se solveu o proletariado pós-industrial. Antes de tudo, uma conversa sobre afetos, formas de fazer perceber e criar memórias coletivas, não no campo da história, mas no da estética.